Vice-campeão nacional em 2009/2010, após um sensacional percurso que só não valeu título devido a um “grande” Benfica, o conjunto minhoto tem sido a grande surpresa europeia de 2010/2011 e um verdadeiro “tomba gigantes”.

Entre Liga dos Campeões e Liga Europa, os “Guerreiros do Minho” deixaram pelo caminho três campeões da Europa (Liverpool, Benfica e Celtic) e dois vencedores de outras provas europeias (Sevilha e Dínamo de Kiev).

No total, os “arsenalistas” já cumpriram 18 jogos - um novo máximo nacional, que em Dublin será fixado em 19 -, metade dos quais transformados em vitórias, as mais emblemáticas em Sevilha (4-3) e na recepção aos britânicos do Arsenal (2-0), Liverpool (1-0) e Celtic (3-0).

O “onze” de Domingos Paciência, que “só” precisa de vencer o FC Porto para arrebatar a Liga Europa, conseguiu todos estes feitos apesar de, pelo meio, ter sido “obrigado” a vender alguns dos melhores jogadores.

O avançado Matheus, ainda o melhor marcador da equipa (seis golos), o central Moisés e o guarda-redes Felipe saíram na reabertura do mercado, tal como o médio Luis Aguiar.

Face ao segundo lugar na Liga portuguesa da época passada, o Sporting de Braga ficou obrigado a passar duas eliminatórias para conseguir uma histórica primeira presença na Liga dos Campeões.

O primeiro obstáculo foi o Celtic, numa pré-eliminatória que ficou praticamente definida na “pedreira” (3-0) e nunca esteve em causa na Escócia (1-2).

A fase de grupos estava ainda à distância de superar o “tubarão” Sevilha, mas o sonho foi concretizado: 1-0 em casa e 4-3 na Andaluzia, onde Lima logrou um “hat-trick”, após Matheus repetir o tento de Braga.

Os “arsenalistas” estavam pela primeira vez na elite, mas o início foi um pesadelo: 0-6 no reduto do Arsenal e 0-3 na receção ao Shakhtar Donetsk. O 0-9 era pesado, mas a resposta foram três triunfos consecutivos, dois face ao Partizan e um com o Arsenal (2-0, com um “bis” de Matheus).

O objectivo “oitavos” não foi conseguido (0-2 na Ucrânia), mas o Sporting de Braga já tinha garantido a Liga Europa, prova em que se estreou com uma derrota (0-1), face ao Lech Poznan, rectificada em casa (2-0).

Seguiu-se a “missão impossível” de ultrapassar o Liverpool, mas bastou um golo, de Alan, de grande penalidade, em casa, e, claro, manter inviolável a baliza de Artur Moraes no “mítico” Anfield Road.

Pela primeira vez nos “quartos”, os minhotos tiveram pela frente o Dínamo de Kiev e voltaram a fazer história, bastando desta vez dois empates, a um golo na Ucrânia e a zero em Portugal, mesmo muito tempo com 10 unidades.

A final foi conseguida após o primeiro “duelo” português de sempre na Europa, com o Sporting de Braga a derrubar o Benfica: após um desaire na Luz por 2-1, Custódio selou o 1-0 que colocou os “arsenalistas” em Dublin.