A UEFA, em resposta à solicitação do Tribunal suíço do Cantão de Vaud, apresentou esta segunda-feira vários cenários para eventual reintegração do FC Sion na Liga Europa de futebol, enquanto aguarda decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

Entre os possíveis cenários encarados não está a retirada da Liga Europa do Celtic de Glasgow, que tomou o lugar do clube suíço, excluído por alegada utilização irregular de jogadores.

Um dos cenários prevê a anulação de todos os jogos já realizados no Grupo I e a marcação de novos jogos num grupo de cinco equipas, em vez das atuais quatro que o compõem – Rennes, Atlético de Madrid, Celtic e Udinese –, aos quais se juntaria o FC Sion, com os jogos a serem disputados entre 24 de novembro e 22 de dezembro de 2011.

Outro cenário admite a integração do FC Sion no grupo I, mas mantendo-se válidos os resultados verificados e os pontos conquistados até ao momento por cada uma das quatro equipas, disputando-se mais oito jogos suplementares que deverão decorrer entre fim de novembro e fevereiro de 2012.

As outras hipóteses preveem a reintegração do FC Sion nos 16 avos de final da prova, depois de disputar um “playoff” ainda por definir.
A UEFA sublinhou que os restantes quatro clubes só podem optar por um destes cenários depois de conhecida a decisão do TAS.

Como nenhum destes cenários sugeridos propõem jogos antes de 24 de novembro, a UEFA pensa que é «forte a probabilidade» de o TAS tomar uma decisão sobre este caso antes dessa data, desde que o FC Sion «aceite o julgamento sumário» do TAS.

Entretanto, o presidente da UEFA, Michel Platini, será ouvido na quarta-feira por um Tribunal suíço do Cantão de Vaud, como estava previsto no processo litigioso que opõem o FC Sion à UEFA, indicou hoje em declaração à AFP um dirigente daquele organismo.

«Esta convocatória estava prevista desde o fim de setembro. O presidente Michel Platini, bem como o secretário-geral, Gianni Infantino, deverão apresentar-se pessoalmente na audiência e terão oportunidade de se explicar ao Tribunal», disse um porta-voz da UEFA à AFP.