O Tribunal Federal da Suíça, a máxima instância judicial do país, negou esta segunda-feira o recurso apresentado pelo Sion contra uma decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) que dava razão à UEFA no litígio entre ambos.

A decisão torna, assim, definitiva a sentença emitida pelo TAS e que confirmava a decisão da UEFA de excluir a equipa suíça da Liga Europa da temporada 2011/2012.

O Sion foi punido por ter usado jogadores que foram contratados numa altura em que estava em vigor uma proibição da UEFA nesse sentido.

Os dirigentes da equipa levaram o caso a várias instâncias judiciais suíças, com o argumento de que o TAS não tem competência para decidir sobre o tema, acusando a instância desportiva de não ser independente da FIFA.

O organismo que tutela o futebol mundial chegou a ameaçar a Federação suíça de suspensão por não sancionar o clube por ter violado a proibição de contratações da UEFA.

O Sion fez alinhar cinco dos seis jogadores que contratou durante o período de restrição num jogo da Liga Europa com o Celtic de Glasgow, uma opção que valeu ao clube suíço a expulsão da competição.

O tribunal federal suíço condenou a equipa a pagar cerca de 12 mil euros de encargos judiciais e a indemnizar a UEFA em 14 mil euros e os outros clubes envolvidos no caso - Atlético de Madrid, Celtic e Unidesse - em 1.600 euros.

De acordo com o TAS, este veredicto terá um impacto além do caso Sion, uma vez que estabelece que o recurso diante de um tribunal federal não está aberto a desportistas ou clubes excluídos de uma competição regulada por uma autoridade desportiva.