O Sporting vai participar na Liga Europa de futebol pela terceira vez consecutiva, o que reflete uma tendência de declínio desportivo, expressa nas últimas três edições da Liga, nas quais ficou duas vezes atrás do Sporting de Braga.

Depois de ter sido campeão nacional pela última vez há 11 anos, em 2001/02, o Sporting somou três terceiros lugares consecutivos (2002/03, 2003/04 e 2004/05), seguindo-se quatro segundos (2005/06, 2006/07, 2007/08 e 2008/09) e dois quartos (2009/10 e 2011/12), estes intervalados por um terceiro (2010/11).

Esta desvalorização contínua a nível interno relegou a equipa nas últimas três épocas para a prova menos mediática e financeiramente atrativa, a Liga Europa - em detrimento da cobiçada Liga dos Campeões -, patamar competitivo onde o Sporting tem tido participações positivas e contribuído de forma efetiva para a ascensão de Portugal no “ranking” da UEFA.

Em 2009/10, atingiu os oitavos de final, eliminado (0-0 fora e 2-2 em casa) pelo Atlético de Madrid, e em 2010/11 alcançou os 16 avos de final, caindo perante o Glasgow Rangers (1-1 fora e 2-2 em casa).

O ponto mais alto aconteceu na época passada, em que esteve a um passo de atingir a final, eliminado nas “meias” pelo Athletic de Bilbau, a despeito da carreira dececionante na Liga portuguesa. Pelo caminho, eliminou o campeão de Inglaterra, o Manchester City, nos oitavos de final.

A carreira na edição 2011/12 serviu para projetar o nome do clube e recuperar algum prestígio, ao mesmo tempo que criou responsabilidades acrescidas para a edição corrente, na qual vai integrar o grupo G, juntamente com os suíços do Basileia, os belgas do Gent e os húngaros do Videoton.

O Sporting não pode queixar-se do sorteio e parte como favorito no grupo, mas o mau início de campeonato, à semelhança do que sucedeu a época passada, pode ter reflexos negativos na carreira europeia, caso não seja rapidamente corrigido.

Em três jogos na Liga, a formação “leonina” só conseguiu dois pontos (0-0 em Guimarães, 0-1 com o Rio Ave e 1-1 no reduto do Marítimo, no domingo), tendo igualado o registo da época passada, na qual Domingos Paciência acabou prematuramente despedido.

O “onze” de Ricardo Sá Pinto só marcou um golo, obra do holandês Ricky van Wolfswinkel, e, mais preocupante, está já a cinco pontos dos seus grandes rivais, o Benfica e o FC Porto, que lideram a tabela, ambos com sete.