Os quartos de final são o “mínimo garantido” de Jorge Jesus como treinador do Benfica, que atingiu esta fase das taças europeias de futebol pela quarta vez em quatro anos sob o comando do técnico de 58 anos.

Ao eliminarem o Bordéus, com um triunfo por 3-2 em França, após o 1-0 na Luz, os “encarnados”, sobreviventes lusos nas taças europeias, depois do adeus do FC Porto à “Champions”, na quarta-feira, atingiram os “quartos” da Liga Europa.

Trata-se da quarta época consecutiva nos quartos de final de uma prova europeia e da terceira na segunda prova da UEFA, após 2009/2010 e 2010/2011, sendo que na época passada acabou nos oito melhores da “Champions” (eliminado das “meias” pelo Chelsea).

Na história do futebol português, só existe uma outra sequência idêntica, também conseguida pelo Benfica, entre 1991/92 e 1994/95, sob o comando do sueco Sven-Goran Eriksson, do croata Tomislav Iviv, de Toni e Artur Jorge.

Em 1991/92, os “encarnados”, de Eriksson, afastaram os malteses do Hamrun e os ingleses do Arsenal e disputaram a edição “experimental” da Liga dos Campeões, reservada a oito equipas – o primeiro de cada grupo, de quatro, seguia para a final.

Depois desta presença entre os oito melhores, sem ter disputado, de facto, os quartos de final, o Benfica esteve mesmo nos “quartos” em 1992/93, caindo da Taça UEFA face à Juventus (2-1 em casa e 0-3 fora), já com Toni no lugar do destituído Ivic.

Em 1993/94, e depois de uma inesquecível eliminatória com o Bayer Leverkusen (1-1 em casa e 4-4 fora), o “onze” de Toni chegou mesmo às meias-finais da Taça das Taças, falhando o acesso à final ao ser afastado pelo Parma (2-1 na Luz e 0-1 em Itália).

A quarta presença nos “quartos” foi conseguida em 1994/95, época em que a formação de Artur Jorge chegou a essa fase ao vencer o seu grupo da “Champions”, para “tombar” face aos italianos do AC Milan (0-2 em San Siro e 0-0 em casa).

Antes, nem o “grande” Benfica dos anos 60, campeão da Europa em 1960/61 e 61/62 e “vice” em 62/63, 64/65 e 67/68, logrou tal feito, tal como qualquer outra equipa lusa.

O FC Porto foi o único que esteve perto, com três presenças consecutivas, entre 1992/93 e 94/95 – fase de grupos da “Champions” (para oito) em 1992/93, meias-finais da mesma prova em 93/94 e “quartos” da Taça das Taças em 94/95.