O Benfica joga quinta-feira em Newcastle o acesso às meias-finais da Liga Europa em futebol, um dos três objetivos intactos do “onze” de Jorge Jesus a menos de dois meses do final da época 2012/2013.

Face ao triunfo por 3-1 conseguido na Luz, o quinto em cinco jogos na presença edição da prova, após uma fracassada passagem pela “Champions”, os “encarnados” até podem perder pela margem mínima, numa época em que apenas sofreram duas derrotas, ambas na Liga dos Campeões, já no distante mês de outubro.

Em 45 jogos efetuados na presente temporada, o Benfica soma 35 vitórias (77,8 por cento), oito empates e os dois desaires, na receção ao “todo poderoso” FC Barcelona (0-2) e no sintético do Luzhniki, frente ao Spartak de Moscovo (1-2).

A época nem arrancou muito bem, com esses dois desaires, mais três empates, nos primeiros 10 jogos, mas, após Moscovo, os “encarnados” somam 35 jogos consecutivos sem perder, com 30 vitórias e cinco empates, um deles, a zero, em Braga, que, depois, na “lotaria”, custou o adeus à final da Taça da Liga.

A formação da Luz chega, assim, muito moralizada a St. James Park, numa altura em que lidera isolada a I Liga de futebol, quatro pontos à frente do bicampeão FC Porto, e está também a um passo da final da Taça de Portugal, após o 2-0 em Paços de Ferreira, na primeira mão das meias-finais.

Frente ao Newcastle, em St. James Park, o Benfica procura a segunda meia-final da Liga Europa em três anos e a 13.ª presença da sua história na antecâmara de uma final europeia.

A vantagem é de dois golos, depois do 3-1 na Luz, selado pelos seus três avançados (Rodrigo, Lima e Cardozo), num jogo em que o Newcastle até marcou primeiro, pelo senegalês Papiss Cissé, e ainda atirou mais duas vezes a bola ao “ferro” da baliza de Artur.

Os “encarnados”, que jamais desperdiçaram uma vantagem de 3-1 conseguida em casa na primeira mão de uma eliminatória europeia (quatro apuramentos em quatro situações idênticas), são, assim, claramente favoritos, face ao 13.º da Liga inglesa.

Como mostraram na Luz, os ingleses são, porém, uma equipa perigosa, especialmente na frente, com a presença de Cissé e Sissoko, e contam ainda com o apoio dos seus adeptos, que devem encher as bancadas de St. James Park (52.389 espetadores).

Mas, isso não impressionará, certamente, o Benfica, que, na Liga Europa, venceu os cinco encontros efetuados, incluindo os dois disputados fora, com Bayer Leverkusen (1-0) e Bordéus (3-2).

Face a este trajeto, os “encarnados” podem mesmo igualar a sua melhor série na Europa, os seis triunfos consecutivos conseguidos em 1989/90, na Taça dos Campeões, sob o comando de Sven-Goran Eriksson, rumo à final, a última, perdida para o AC Milan (0-1).

Se, na primeira mão, o “onze” de Jorge Jesus confirmou o favoritismo, o Tottenham, de André Villas-Boas, não o conseguiu, ficando-se por um empate a dois golos na receção ao Basileia, que até chegou a liderar por 2-0.

Provavelmente sem Gareth Bale, não parece fácil a tarefa dos “Spurs” na Suíça, frente a uma equipa que na eliminatória anterior já surpreendeu, ao deixar pelo caminho os russos do Zenit.

Por seu lado, e a exemplo do Benfica, o campeão europeu Chelsea, certamente sem Hilário e Paulo Ferreira, vai jogar ao reduto dos russos do Rubin Kazan com uma vantagem de 3-1, depois de uma primeira mão marcada pelo “bis” do espanhol Fernando Torres.

Ainda mais favorito, é o Fenerbahçe, de Raul Meireles, depois de ter batido os italianos da Lázio por 2-0, com golos no último quarto de hora, do camaronês Pierre Webo e do holandês Dirk Kuyt.

Os encontros estão agendados para as 20h05 de quinta-feira (em Lisboa), com exceção para o Rubin Kazan-Chelsea, que tem início às 17h00.