O Benfica vai disputar o acesso à final da Liga Europa em futebol com os turcos do Fenerbahçe, que reencontra 38 anos depois de um confronto na primeira eliminatória da Taça dos Campeões saldada com um 7-1.

A 17 de setembro de 1975, na Luz, os “encarnados”, comandados então por Mário Wilson, escreveram uma das maiores goleadas da sua história europeia, ao baterem os turcos por 7-0, resolvendo tudo logo no primeiro jogo.

Shéu (22 minutos), Nené (37) e um tento na própria baliza de Sabahattin Erboga (43) colocaram o Benfica a vencer por 3-0 ao intervalo, com a segunda parte a pertencer a Jordão, que logrou um “hat-trick” (60, 75 e 84), com Nené ainda a “bisar” (72).

Com o 7-0, a segunda mão foi apenas para cumprir calendário e os turcos conseguiram salvar a honra, com uma vitória por 1-0, selada por Engin Verel, aos 75 minutos.

Se, então, o vencedor conquistou um lugar na segunda ronda da Taça dos Campeões Europeus, desta vez o prémio é bem diferente, pois vale um lugar na final da Liga Europa, marcada para o Arena de Amesterdão, na Holanda, a 15 de maio.

No duelo de 1975/76, tudo se decidiu na velha Luz, mas na primeira mão, sendo que, desta vez, a nova Luz acolherá o segundo encontro, o que ditará um dos finalistas, enquanto o outro sairá do embate entre o campeão europeu Chelsea e o Basileia.

O Benfica vai defrontar o segundo classificado do campeonato turco, a quatro pontos do líder Galatasaray - afastado nos quartos de final da Liga dos Campeões pelo Real Madrid -, precisamente a mesma vantagem que os “encarnados” possuem sobre o FC Porto. Em Portugal, faltam cinco jornadas, na Turquia seis.

No que respeita ao plantel, o médio internacional português Raul Meireles, que a época passada marcou o golo que afastou, em definitivo, o Benfica das meias-finais da “Champions”, ao serviço do Chelsea, é uma das grandes referências.

O holandês Dirk Kuyt e os avançados africanos Pierre Webo, dos Camarões, e Moussa Sow, do Senegal, são as outras figuras do conjunto de Istambul, que já venceu em 18 ocasiões o campeonato turco, a última em 2010/2011.

No caminho para as meias-finais, o Fenerbahçe eliminou os bielorrussos do BATE Borisov nos 16 avos de final (0-0 fora e 1-0 em casa), os checos do Viktoria Plzen nos “oitavos” (1-0 fora e 1-1 em casa) e os italianos da Lazio nos “quartos” (2-0 em casa e 1-1 em Roma, à porta fechada, na quinta-feira).

Antes, e enquanto o Benfica jogava a Liga dos Campeões, os turcos venceram o Grupo C da Liga Europa, com quatro vitórias, um empate e uma derrota, para um total de 13 pontos, contra 11 dos alemães do Borussia Monchengladbach, cinco dos franceses do Marselha e quatro dos cipriotas do AEL Limassol.

Se os turcos estão invictos na fase a eliminar (três vitórias e três empates), o Benfica tem ainda um registo melhor, com cinco triunfos (dois sobre Bayer Leverkusen e Bordéus e um face ao Newcastle) e uma igualdade (1-1), conquistada quinta-feira em St. James’ Park, graças a um golo de Salvio, aos 90+2 minutos.

O conjunto comandado por Jorge Jesus parte como favorito, pela sua história e pelo presente, tal como, na outra eliminatória, o Chelsea, apesar de o Basileia já ter deixado pelo caminho o Zenit e o Tottenham, entre outros.

Os encontros das meias-finais realizam-se a 25 de abril e 02 de maio, enquanto a final está marcada para o Arena de Amesterdão, na Holanda, a 15 de maio.