O Benfica tem tido um trajeto ascendente na Liga Europa de futebol, com a presença nos quartos de final em 2009/2010, nas “meias” em 2010/2011 e agora na final, à procura do título, que discutirá quarta-feira.

O conjunto da Luz vai disputar o 31.º encontro na prova que sucedeu à Taça UEFA no Arena de Amesterdão, frente ao Chelsea, apoiado em 66,7 por cento de triunfos.

Em 30 jogos, todos sob o comando de Jorge Jesus, os “encarnados” venceram 20 e cederam apenas cinco empates e outras tantas derrotas, com 58 golos marcados e 28 sofridos.

Dos cinco desaires, apenas dois comprometeram, o 1-4 de Liverpool, nos quartos de final de 2009/2010, e o 0-1 de Braga, nas meias-finais de 2010/2011, pois ditaram eliminações, já que ambos se seguiram a 2-1 caseiros.

No trajeto “encarnado”, destaque individual para o avançado paraguaio Oscar Cardozo, que conta 20 tentos, tendo sido o melhor marcador da equipa em todas as edições e o melhor da competição em 2009/2010, com 10, um deles no “play-off”.

Em 2010/2011, Cardozo, que já é o segundo melhor marcador nas taças europeias por equipas portugueses, apenas atrás de Eusébio (32 golos contra 57 dos “rei”), apontou quatro e na presente temporada já vai em seis, em oito encontros.

Atrás do paraguaio, seguem os argentinos Saviola (agora no Málaga), com sete, e Di Maria (Real Madrid), autor do primeiro, e Salvio, vencedor da prova duas vezes pelo Atlético de Madrid (2009/2010 e 2011/2012), ambos com quatro.

Depois de uma despedida desastrada da Taça UEFA, em 2008/2009, sob o comando de Quique Flores, que incluiu dois desaires em casa (Galatasaray e Metalist) e um 1-5 na Grécia, com o Olympiacos, o Benfica cumpriu uma primeira Liga Europa de recorde.

Sob o comando de Jorge Jesus, os “encarnados” bateram os seus máximos europeus de vitórias (9, contra as 7 de 60/61 e 89/90) e golos marcados (29, contra os 27 de 64/65) e igualaram o de número de jogos disputados (os mesmos 14 de 2006/2007) – esta época o recorde cairá em Amesterdão, palco do 15.º jogo.

O Vorskla Poltava não deu luta no “play-off” (4-0 em casa e 1-2 fora) e, na fase de grupos, o Benfica foi primeiro sem problemas, com cinco vitórias, duas face ao Everton (5-0 em casa e 2-0 fora), e uma derrota (0-1 com o AEK, em Atenas).

Seguiu-se o Hertha, afastado com 1-1 em Berlim e nova goleada caseira (4-0), e um Marselha bem mais complicado: os franceses empataram 1-1 na Luz, mas, em solo gaulês, Maxi, que já marcara em Lisboa, e Kardec viraram o 0-1 inicial.

Nos “quartos”, a formação de Jorge Jesus, então, como na presente temporada, a privilegiar o campeonato, ainda venceu em casa por 2-1, com um “bis” de Cardozo de penálti, mas, em Anfield Road, os “reds” ganharam por 4-1.

Em 2010/2011, o Benfica “tombou” da fase de grupos da “Champions” para os 16avos da Liga Europa e uma eliminatória histórica com o Estugarda, face à primeira vitória de sempre na Alemanha (2-0), depois de um tangencial 2-1 na Luz.

O Paris Saint-Germain (2-1 em casa e 1-1 fora) e o PSV Eindhoven (4-1 em casa e 2-2 fora, após uma desvantagem de dois golos), foram ainda mais complicados, até que, nas “meias”, o “onze” de Jorge Jesus perdeu para o Sporting de Braga (2-1 em casa e 0-1 fora) o primeiro confronto 100 por cento luso na Europa.

Na presente temporada, e depois de o ano passado terem chegado aos quartos de final da “Champions”, os “encarnados” voltaram a “cair” para a Liga Europa, na qual arrancaram com cinco triunfos consecutivos, dois face a Bayer Leverkusen e Bordéus e um frente ao Newcastle – o 1-1 em Inglaterra selou, depois, as “meias”.

O acesso à final foi disputado com o Fenerbahçe e, desta vez, o Benfica não falhou: perdeu por 1-0 em Istambul, mas, na Luz, mesmo consentido o 1-1, retificou, vencendo por 3-1, graças a dois golos de Oscar Cardozo. Segue-se o Chelsea, em Amesterdão.