O Benfica sofreu três derrotas na edição 2012/1013 das taças europeias de futebol, mas, 23 anos volvidos, está de novo numa final, a da Liga Europa, marcada para quarta-feira, em Amesterdão.

O feito na segunda prova da UEFA acontece depois de os “encarnados” não terem ultrapassado a fase de grupos da Liga dos Campeões, ao contrário do que sucedeu a época passada, em que chegaram até aos “quartos”, fase em que foram derrotados pelo Chelsea, que vão reencontrar no Arena.

Entre as duas competições, o “onze” de Jorge Jesus, que privilegiou sempre o campeonato, sofreu três derrotas, uma na Luz, face ao “todo poderoso” FC Barcelona, de Lionel Messi, no sintético do Luzhniki, perante o Spartak de Moscovo, e, já na Liga Europa, na casa do Fenerbahçe.

Os dois desaires na “Champions” acabaram por custar a eliminação, sendo que, mais do que tudo, os “encarnados” foram vítimas da surpreendente vitória do Celtic na receção ao “Barça”.

Sem Luisão, castigado pela UEFA na sequência de um encosto a um árbitro num jogo de pré-temporada, o Benfica até iniciou a fase de grupos da Liga dos Campeões de forma positiva, com um empate a zero no reduto do Celtic.

Depois, na receção ao FC Barcelona, a formação “encarnada” não conseguiu melhor do que a generalidade das equipas: foi asfixiada pela posse de bola dos catalães, vencedores por 2-0, com tentos do chileno Alexis Sanchez e de Cesc Fabregas.

A segunda derrota aconteceu pouco depois, na Rússia, onde Lima ainda “anulou” o tento madrugador de Rafael Carioca, mas, depois, Jardel marcou na baliza errada o tento da vitória do Spartak de Moscovo (2-1).

Com apenas um ponto em três jogos, o Benfica ficou sem margem de erro, mas cumpriu nos jogos caseiros, vencendo os russos por 2-0, com um “bis” de Cardozo, que entrara ao intervalo, e os escoceses por 2-1, com tentos de Ola John e Garay, este depois de Georgios Samaras restabelecer a igualdade.

Com os quatro pontos somados face ao Celtic e os três, com vantagem no confronto direto, frente aos russos, o Benfica partiu para a última jornada na segunda posição, mas com uma deslocação a Nou Camp, enquanto o Celtic recebia os já eliminados russos.

O “Barça”, já apurado, jogou maioritariamente com as reservas, mas a formação de Jorge Jesus, muito perdulária, não passou do 0-0 e acabou por cair para o terceiro posto, uma vez que os escoceses ganharam.

O Benfica caia para a Liga Europa, competição em que entrou em “grande”, com o segundo triunfo da sua história na Alemanha, após o 2-0 em Estugarda (2010/2011).

Em Leverkusen, local do épico 4-4 de 1993/94 face ao Bayer, Cardozo decidiu aos 61 minutos, para, na Luz, Andre Schurrle ainda assustar, aos 75, depois de Ola John ter dado vantagem ao Benfica, aos 60. Matic acabou, rapidamente, com as dúvidas, aos 77.

Depois de dois triunfos face ao terceiro classificado da “Bundesliga”, o Benfica aplicou igual receita a um Bordéus afundado na segunda metade da tabela do campeonato gaulês.

O espanhol Rodrigo apontou o tento solitário na Luz, atribuído ao guarda-redes francês, e, em França, Jardel deu uma machada na eliminatória, ao inaugurar o marcador aos 30 minutos.

Os franceses ainda tentaram, pelo menos, um resultado positivo e marcaram mesmo dois golos, só que, na jogada seguinte a cada um deles, Cardozo, entrado apenas aos 66 minutos, também marcou, com enorme classe, selando um triunfo por 3-2.

A quinta vitória consecutiva aconteceu na receção ao Newcastle, que marcou primeiro, logo aos 12 minutos, por Papiss Cissé, mas, depois, saiu vergado a uma derrota por 3-1, selado com tentos dos três avançados (Rodrigo, Lima e Cardozo).

Em Inglaterra, Cissé voltou a marcar, aos 71 minutos, e o Benfica sofreu frente a um conjunto a lutar pela manutenção na “Premier League”, mas ainda salvou a invencibilidade na prova nos descontos, graças a um tento de Salvio.

Mas, nas meias-finais, o “onze” de Jesus, sem Luisão, Enzo, Gaitan ou Lima, sofreu mesmo, em Istambul a terceira derrota da época, ao cair por 1-0, com um tento de Egemen Korkaz, após um canto “fantasma”. Os turcos também ganharam nas bolas aos “ferros” (3-1), incluindo um penálti de Cristian Baroni.

Gaitán restabeleceu a igualdade na eliminatória ao marcar na Luz logo aos nove minutos, mas, aos 23, Kuyt recolocou os turcos em vantagem, ao marcar uma grande penalidade que nunca devia ter acontecido, já que foi precedida de um fora de jogo.

O Benfica ficou a dois tentos de Amesterdão, que Cardozo, quem mais, conseguiu marcar, aos 35 e 66, acabando com um seca que durava desde 1989/90, época em que a mão de Vata enganara o Marselha e colocara o Benfica na final da Taça dos Campeões.

No total dos 14 jogos europeus de 2012/2013, o Benfica soma oito vitórias, três empates e outras tantas derrotas, com 19 golos marcados, oito por Cardozo, e 12 sofridos.

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