O Benfica foi derrotado esta quarta-feira pelo Chelsea na final da Liga Europa, por 2-1, num jogo onde se exibiu a um nível superior. E no topo dessas atuações esteve o médio argentino Enzo Pérez.

Artur – Foi pouco mais do que um espectador até aos 38 minutos, quando Lampard o obrigou a uma boa defesa. O inglês ainda o assustaria perto do apito final, mas aí foi salvo pela barra. Já nos golos sofridos não teve qualquer hipótese de contrariar os infortúnios.

André Almeida – O jovem português confirmou a sua grande concentração e eficácia no processo defensivo, não dando espaço a Oscar para brilhar. Porém, pecou um pouco no momento de se lançar no ataque, onde podia ter sido mais expedito.

Luisão – O capitão do Benfica esteve exemplar na primeira parte, mas no segundo tempo viu Fernando Torres evidenciar as suas debilidades, com a arrancada para o primeiro golo, que não soube ou pôde travar. A sua capacidade de liderança merecia também melhor sorte.

Garay – Atento, prático e seguro. Os adjetivos descrevem perfeitamente a atuação do central argentino na grande maioria dos 78 minutos que esteve em campo. Falhou na fuga de Torres para o golo e acabaria por sair mais tarde lesionado na perna direita, cedendo o lugar a Jardel.

Melgarejo – O Chelsea escolheu o seu flanco para atacar e o paraguaio deparou-se com algumas dificuldades. Embora os encarnados tivessem uma boa resposta, esse problemas agravaram com a passagem do tempo e só o apoio do Gaitán o ‘salvou’ diante de Ramires.

Matic – Muito dinâmico no corredor central, impondo o seu jogo com autoridade e classe para dar e vender. Não faltam craques ao Chelsea, mas o médio sérvio joga já a um nível como se nunca tivesse saído de Stamford Bridge.

Enzo Pérez – Fica injustificadamente demasiadas vezes na sombra de Matic, mas nesta final foi o grande protagonista. Incansável, o argentino ajudou a defesa e foi quase sempre o motor da equipa, carregando-a para o ataque. No fim, acabou o jogo a chorar, mostrando as lágrimas que não merecia ter chorado em Amesterdão. Numa palavra: excelente.

Salvio – O extremo foi dos elementos mais apagados da equipa encarnada e o seu esforço notabilizou-se mais no apoio defensivo do que nos desequilíbrios constantes em que assenta o seu jogo. Chega a esta fase da época já muito fatigado e acabou não fazer a diferença.

Gaitán – Iniciou o jogo a fugir bastantes vezes pelo centro do terreno, mas o Chelsea estava avisado da sua criatividade e não lhe deu grandes veleidades. Nesta final foi o melhor exemplo de atitude e capacidade de adaptação, quando Jesus o colocou a lateral no “tudo por tudo”.

Rodrigo – A surpresa no onze, mas uma vez mais longe do nível a que se chegou a apresentar na temporada anterior. Tentou surpreender com a sua velocidade, mas Cahill e Ivanovic, sobretudo, foram mais eficientes na sua marcação.

Cardozo – O paraguaio era temido pelos ingleses e fez novamente um golo na prova, com o penálti aos 68 minutos. Todavia, Cardozo foi insuficiente para evitar a derrota do Benfica. Em alguns instantes parecia estar a fazer o jogo da sua vida, ao não virar nunca a cara à luta, mas acabou por cair por terra com o cruel apito final.

Lima (65’, Rodrigo) – Tentou agitar o ataque na reação ao golo sofrido e foi já com ele que se chegou ao empate. Porém, não conseguiu ser tão perigoso como é hábito.

Ola John (65’, Melgarejo) – O holandês voltou ao seu país, mas não foi feliz. Tentou inúmeros desequilíbrios, mas faltou-lhe um melhor tempo de decisão nos lances.

Jardel (77’, Garay) – Entrou ‘a frio’ para o lugar de Garay e não escondeu os nervos com erros inesperados logo desde as primeiras ações em campo.