Todos no FC Porto, desde o presidente Pinto da Costa ao treinador Luís Castro, já assumiram que Sevilha ocupa um lugar especial no coração azul e branco. Afinal, foi na capital da Andaluzia que os dragões venceram a Taça UEFA em 2003 e por aqui voltariam a passar na rota para a conquista da Liga Europa de 2011.
Há três anos, o FC Porto bateu o Sevilha no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, por 2-1, e escreveu mais uma bonita página do álbum de memórias europeias. No entanto, o clube mudou também de capítulo desde esse jogo, já que não mais ganhou qualquer partida em solo espanhol.
Com efeito, os dragões chegam a este embate com um saldo de três derrotas nas três últimas visitas a ‘nuestros hermanos’. Atlético de Madrid, Málaga e Villarreal foram os ‘carrascos’ de serviço, com o desaire frente aos ‘colchoneros’ a acontecer já nesta temporada (2-0, a 11 de dezembro de 2013), enquanto os tricampeões nacionais ainda figuravam na Champions.
Continuando a recuar no tempo, saltamos até à época anterior (2012/13), na qual o FC Porto saiu da ‘liga milionária’ nos oitavos de final, com uma derrota por 2-0 diante do Málaga (a 19 de fevereiro de 2013), no jogo da segunda mão, depois de até ter ganho em casa por 1-0. Curiosamente, foi o último jogo europeu sob a liderança de Vítor Pereira.
Por fim, chegamos ao início desta travessia no deserto dos dragões, com o deslize do clube azul e branco no encontro com o Villarreal, a 5 de maio de 2011, por 3-2. A equipa então comandada por André Villas-Boas já tinha deixado a eliminatória resolvida na primeira mão, com uma goleada por 5-1, pelo que a derrota até se revelou insignificante nas contas portistas. Nada que beliscasse a caminhada exemplar até ao triunfo na posterior final de Dublin.
Estes três desaires recentes apenas vieram reforçar o historial negativo do FC Porto perante clubes espanhóis, já que regista 23 derrotas, cinco empates e somente 14 triunfos num total de 42 encontros.