Definido pela UEFA como equipa da casa, o Sevilha chega ao duelo decisivo da Liga Europa com o Benfica após várias eliminatórias épicas e com contornos dramáticos. Depois de superar tranquilamente o Maribor nos 16 avos de final com uma vitória e um empate, a formação de Unai Emery entrou numa sucessão de partidas inesquecíveis, deixando pelo caminho o rival Bétis de Sevilha, o FC Porto e, finalmente, o Valência.

O duelo dos oitavos de final ameaçou colocar um ponto final precoce nas esperanças andaluzas. A derrota caseira por 0-2 com o arquirrival Bétis parecia definitiva, mas o Sevilha começou aqui a mostrar a sua ‘fibra’, alcançando a ‘remontada’ em casa do inimigo, ao igualar o 0-2 no tempo regulamentar e vencendo no desempate por grandes penalidades.

A jornada deu o moral necessário para a ronda seguinte, frente a um favorito FC Porto. Novo desaire na primeira mão, por 1-0, no Dragão, exigia outra prova de superação, desta feita no Ramón Sánchez Pizjuán. Uma prova que foi superada com brilhantismo, face ao inesperado 4-1 aplicado aos dragões na capital da Andaluzia.

O sonho estava cada vez mais vivo e tudo parecia encaminhado para se tornar realidade com uma primeira mão segura nas meias-finais, a ditar uma vitória por 0-2. Com efeito, a obrigação de dar a volta passava para o campo do Valência e a equipa ‘ché’ esteve a apenas um minuto de o conseguir. O 3-0 com que vencia aos 90+3 assegurava o passaporte para a final de Turim, mas o golo de Mbia no último suspiro do encontro salvou o Sevilha. O 3-1 chegava para dar mais um passo rumo ao sonho.

Curiosamente, o Sevilha pode chegar ao título na Liga Europa depois de “abater” três clubes portugueses. Os sevilhanos afastaram logo na fase de grupos o Estoril, registando um triunfo e um empate, e depois bateram o FC Porto nos ‘quartos’, desta vez com uma derrota e uma vitória.

O Benfica terá assim de suar para não ser a terceira vítima lusa do Sevilha, que procura a sua terceira conquista, após ter vencido em 2006 e 2007 a antecessora Taça UEFA.