O Sevilha está na final da Liga Europa. A equipa de Beto, Diogo Figueiras e Daniel Carriço voltou a vencer a Fiorentina, agora em Itália, por 2-0 (3-0 na primeira-mão) e vai defender o título conquistado na temporada passada diante do Benfica. O adversário é o Dnipro que, surpreendentemente, afastou o Nápoles da final ao vencer por 1-0. A Itália, que podia ter duas equipas na final, vê ambas ficarem pelo caminho. Esta será uma final inédita, com o Sevilha a tentar o quarto triunfo na prova e os ucranianos a procurarem o primeiro.

A derrota por 3-0 da primeira-mão não retirou entusiasmo a Fiorentina, crente numa reviravolta nunca antes conseguida. Na história da Liga Europa, apenas uma equipa tinha recuperado de 0-3 do primeiro jogo e passar: em 2013/14, o Valencia recuperou de um desaire por 3-0 para bater o Basileia por 5-0, após prolongamento, nos quartos-de-final.

Os sevilhanos, que tinham tudo para atingir a segunda-final consecutiva, entraram em campo apenas com um português. Carriço continua de "pedra e cal" no centro da defesa, Diogo Figueiras ficou no banco, tal como Beto, que ainda não está a cem por cento.

Os comandados de Unai Emery entraram bem no encontro e antes dos dez minutos, já tinham ameaçado o golo em duas ocasiões, por Coke e Vidal. A Fiorentina foi tomando conta do encontro e, aos poucos, foi empurrando o Sevilha para perto da sua área mas sem conseguir sufocar os espanhóis. A melhor oportunidade pertenceu ao defesa Gonzalo Rodriguez num canto mas o seu remate foi travado pelo guarda-redes Rico, aos 18.

A resposta espanhola foi implacável e logo com dois golos em cinco minutos. Aos 23, após livre lateral, Bacca ganhou a Savic e empurrou para golo. E aos 27 repetiu-se a fórmula, agora com Carriço a aparecer ao segundo poste e a marcar, após assistência de Coke. Tudo fácil, 5-0 na eliminatória e uma tarefa quase impossível para a Fiorentina.

O 3-0 esteve prestes a acontecer aos 39 minutos, num lance simples construído por Daniel Carriço, Vidal e Coke mas o remate do lateral direito saiu por cima. O intervalo chegava com a Fiorentina pouco crente em dar a volta a eliminatória.

Na segunda parte o jogo não mudou. A Fiorentina instalada no meio-campo contrário à procura de marcar, o Sevilha a apostar no contra-ataque. A equipa de Vincenzo Montella podia ter reduzido aos 52 minutos mas Rico esteve impecável. Travou o primeiro remate de Salah que levava selo de golo e ainda foi a tempo de parar a recarga de Ilicic.

O mesmo Ilicic que mostrou falta de concentração aos 66, ao falhar uma grande penalidade, por falta de Krychowiak sobre Pizarro na área sevilhana. O remate do médio esloveno saiu muito por cima.

O esloveno voltou a ter nova oportunidade mas a noite era de Rico. O jovem guarda-redes do Sevilha, o terceiro na hierarquia, mostrou segurança e negou o golo a Ilicic aos 80 minutos. A Fiorentina nunca deixou de tentar marcar o golo de honra mas as forças físicas e anímicas já estavam em níveis muito baixos.

Mesmo tendo passado a maior parte do tempo a defender, o Sevilha teve oportunidades de marcar mais golos no segundo tempo, por Bacca e Gameiro mas o resultado não se alterou.

O Sevilha repete assim a final da temporada passada quando bateu o Benfica nas grandes penalidades e levantou o troféu. Na final, Carriço, Beto e Diogo Figueiras vão encontrar o Dnipro de Bruno Gama que, surpreendentemente, afastou o favorito Nápoles ao vencer por 1-0, golo de Yevhen Seleznyov, jogador que já tinha marcado no empate a uma bola da primeira-mão.

Será um duelo inédito na final, com o Sevilha a tentar o quarto triunfo na Liga Europa/Taça UEFA, depois de 2006, 2007 e 2014 e o Dnipro de Bruno Gama a tentar o primeiro título na segunda prova mais importante da UEFA a nível de clubes.