Com a humilhação na Albânia e com a exibição menos conseguida na era Jorge Jesus, o Sporting tem a vida muito complicada para se conseguir qualificar para a próxima fase da Liga Europa. Agora é obrigatório vencer na Rússia frente ao Lokomotiv.

70 minutos – mais coisa menos coisa – foi o tempo que o “leão” jogou com menos uma unidade, mas nem essa circunstância justifica a noite negra do Sporting que se apagou por completo na Arena Albasan. Um facto indesmentível é que os “leões” nas últimas três deslocações na Liga Europa perderam os três encontros, por 3-0. 17 é o número de partidas que somam sem vencer fora. É o pior registo de sempre. O último triunfo aconteceu em 2011, foi no dia 15 de setembro de 2011, que o Sporting venceu pela última vez fora de portas na Europa. Já lá vão quatro anos.

Jorge Jesus pela forma como mexeu na equipa é um dos principais culpados da derrota do Sporting, senão atentemos: Da equipa dita principal, só Adrien e Rui Patrício foram titulares, ficando as despesas e a responsabilidade da partida sobre os ombros dos “jovens” e outros jogadores poucos utilizados, como o japonês Tanaka, que só tinha jogado alguns minutos no encontro da Taça de Portugal frente ao Vila-franquense. Mas nem a falta de minutos e a rotatividade é a explicação para tudo, porque no jogo anterior frente à mesma equipa, o Sporting tinha goleado por 5-1, com praticamente os mesmos miúdos, com destaque para Matheus Pereira que rubricou grande exibição.

No final da partida, Jorge Jesus reconheceu que o Sporting jogou melhor com 10, do que com 11. Percebem-se as afirmações do técnico de 61 anos, porque foi tudo mau de mais, até à entrada no segundo tempo de um dos consagrados dos “leões”: João Mário - que ajudou a colocar algum gelo no jogo e a parar com o tremor nas pernas dos miúdos ou dos “aquecedores de bancos”, mas já era tarde de mais, o mal estava feito. O banco de luxo viu as segundas linhas a complicar a vida ao Sporting na Liga Europa.

Tudo começou aos 15 minutos, com a muita atrapalhação da defensiva leonina, e depois de um remate de Esquerdinha, a bola sobrou para Lilaj que emendou para o primeiro da partida. O conjunto português dava mostras de estar completamente alheado do jogo. Não metia o pé, não havia querer: Bela forma de estes jogadores mostrarem que merecem lugar na equipa. Aos 17 minutos, Rui Patrício com uma entrada sobre Latifi já na área, praticamente sentenciou a partida. Grande penalidade para o Skenderbeu que o árbitro não teve problemas em assinalar. Na transformação, Lilaj bisou e antes da meia-hora, a equipa comandada por Jorge Jesus já perdia por 2-0 e jogava a partir desse momento com menos uma unidade. O intervalo chegava sem mais sobressaltos, esperava-se pois, que o Sporting reagisse, mas o “leão” foi manso e de garras encolhidas.

Muito difícil é encontrar ou destacar uma oportunidade de golo criada pelos “leões” naquela que foi umas das piores performances dos “verde-e-brancos” nos últimos tempos. Uns fogachos de Ewerton e Montero (num cabeceamento do defesa e num remate muito torto do colombiano) podem-se resumir quase a isto os assaltos dos “leões” à baliza defendida pelo guardião Seshi. De acordo com a UEFA, o Sporting teve apenas um remate enquadrado com a baliza. Dado estatístico embaraçoso para o conjunto lisboeta.

A desconcentração e apatia que contagiaram toda a equipa “fizeram estragos” até no guardião Marcelo Boeck, que numa oferenda colocou a bola nos pés de Nimaga aproveitou para fazer um chapéu monumental e colocar o marcador em 3-0. O resultado assumia contornos de humilhação e isto com a Europa a ver. A catástrofe ainda podia ter sido maior, se os remates de Lafiti tivessem tido a trajetória correta. O desnorte e o apagão perante o campeão albanês colocam seriamente em causa o prestígio do “leão” e mais do que isso: A qualificação do “leão” para a próxima fase da Liga Europa pode ser vista por um canudo. Saiu gorada a aposta na juventude e na rotatividade.

O Sporting só tem quatro pontos em outras tantas partidas e ocupa o terceiro lugar do grupo H, atrás de Lokomotiv de Moscovo e Besiktas.

Onze do Sporting: Rui Patrício; Ricardo Esgaio, Tobias Figueiredo, Ewerton e Jonathan Silva; Carlos Mané, Bruno Paulista, Adrien e Matheus Pereira; Montero e Tanaka.

Onze do Skenderbeu: Shehi; Vangjeli, Jashanica, Radaš e Latifi; Nimaga eAbazi; Lilaj, Esquerdinha e Berisha; Olayinka.Suplentes do Skenderbeu: Llapanji, Arapi, Osmani, Ademir, Progni, Djair E Shkëmbi.

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