Os incidentes aconteceram durante o jogo de futebol PSG-Marselha, quando membros das claques habitualmente concentradas nas curvas Boulogne e Auteuil do Parque dos Príncipes se envolveram em confrontos.

"Era um desfecho que temíamos", declarou Hortefeux numa entrevista à estação de rádio RTL, numa alusão ao grave estado de saúde em que se encontrava o adepto, de 37 anos.

Na passada segunda feira foi-lhe retirada a respiração artificial, depois de os médicos terem considerado sexta-feira que o homem se encontrava em morte clínica.

O ministro lembrou que "foram tomadas há semanas as medidas necessárias" para que este tipo de incidentes não se repita e para que os adeptos possam ir ao futebol, em família, com tranquilidade.

Adiantou que durante este período "multiplicaram-se as detenções" e já se proibiu a entrada nos estádios a 662 pessoas, consideradas violentas.

Em comunicado, o ministério do Interior recordou que, de acordo com os responsáveis do PSG, foram decretadas "medidas de segurança particularmente reforçadas" e, assim, o jogo do próximo sábado em Nice, frente à equipa local, vai disputar-se à porta fechada e com um cordão de segurança à volta do estádio.

"Se o Governo tiver de ir mais longe, não terá dúvidas em fazê-lo", indicou o ministério, assegurando que se for "necessário extinguir grupos de adeptos [claques], eles serão desarticulados".

O homem, que pertencia a um grupo de adeptos radicais do PSG habitualmente concentrado na curva Boulogne, foi atacado à paulada por membros de outra claque da equipa, da curva Auteuil, tendo sido abandonado em estado crítico, revelaram as investigações policiais.

Cinco indivíduos foram detidos no decurso do inquérito policial para esclarecer os incidentes entre os grupos de adeptos rivais do PSG, investigação que decorreu debaixo de um clima de grande tensão.

Perante o risco de incidentes no PSG-Marselha, adeptos da equipa do sul de França renunciaram assistir ao jogo disputado em Paris.