Os clubes profissionais franceses convocaram hoje, por unanimidade, uma greve aos jogos de futebol no último fim de semana de novembro, para contestar o projeto de imposto que taxará em 75 por cento os salários mais elevados.

«Estamos diante de um movimento histórico, unânime, verdadeiramente determinado em salvar o futebol, com uma jornada sem jogos», afirmou Jean-Pierre Louvel, presidente da União de Clubes Profissionais da França (UCPF), após uma assembleia geral extraordinária, que decorreu em Paris.

O responsável sublinhou que os clubes das primeira e segunda divisões pretendem «confirmar a sua resoluta oposição ao projeto de taxação a 75%», que vai afetar as remunerações anuais acima do milhão de euros.

Os deputados franceses aprovaram, na passada semana, uma proposta de legislação que permitirá aplicar aquela taxa, no âmbito do Orçamento de Estado para 2014, que será analisado pelo Senado antes de ser aprovado, em versão final, pela Assembleia Nacional daquele país.

Esta «contribuição excecional de solidariedade», assim apelidada pelos legisladores, incidirá sobre remunerações superiores a um milhão de euros, declaradas pelas empresas, e estará em vigor até 2014.

Os presidentes dos clubes estimam que o imposto custará cerca de 44 milhões de euros só na liga principal, incidindo sobre os cerca de 120 jogadores que ganham acima do milhão de euros anuais.