A proprietária do Olympique de Marselha (OM), Margarita Louis-Dreyfus, colocou à venda o clube de futebol, numa carta enviada aos simpatizantes e associados a que o canal de TV BFM teve acesso e divulgou hoje.

"Entendo a vossa frustração de não ver OM ser capaz de competir ao mais alto nível e venho informá-los que tomei a decisão de vender o clube ao melhor investidor possível”, referiu no texto Margarita Louis-Dreyfus, que partilha com o marido a propriedade do clube desde 1996.

A dona do Marselha informou, ainda, os sócios que irá informar o presidente da Câmara da cidade e os adeptos assim que selecionar o comprador do clube e fez saber que o preço “não é a primeira preocupação”, mas antes a “capacidade do novo acionista principal construir uma equipa capaz de alcançar o sucesso ao mais alto nível”.

A mulher de negócios de nacionalidade russa, cujo marido Robert Louis-Dreyfus morreu em 2009, explicou ter tomado esta decisão devido ao clima que rodeia o OM.

Os adeptos do clube têm pedido insistentemente nos últimos dias a saída do presidente Vincent Labrune e de Margarita Louis-Dreyfus, numa altura em que a equipa não ganha um jogo em casa desde 13 de setembro de 2015 e que está apenas seis pontos acima da 'linha de despromoção' na tabela classificativa do campeonato gaulês quando faltam cinco jornadas para o fim.

“Há sete anos que o meu marido e pai dos meus filhos, que tinha uma grande paixão pelo OM, nos deixou e, por respeito à sua memória, eu, que tinha outras tarefas e responsabilidades importantes, nunca abandonei o clube e dei o meu melhor para que atingisse o sucesso”, disse a principal acionista do clube, acrescentando ter colocado a título pessoal várias dezenas de milhões de euros no clube.

Margarita Louis-Dreyfuss, regularmente visada pelos adeptos do OM em cartazes hostis, numa fase em que a equipa acumula resultados negativos, explicou a sua ausência do Vélodrome nas últimas semanas com problemas de saúde graves de um dos seus filhos.