Os clubes da liga grega chegaram hoje a acordo sobre as medidas a adotar para combater a violência no futebol, que motivou a suspensão do campeonato do país na semana passada.

Os presidentes dos clubes gregos decidiram implementar a entrada eletrónica, que permite conhecer a identidade do comprador e a sua localização no estádio, colocar câmaras de segurança nos campos e harmonizar as penas disciplinares com as da UEFA.

As equipas acordaram ainda dar ordem aos árbitros para interromper imediatamente um jogo no caso de invasão de campo por parte dos adeptos.

A Superliga, a associação dos clubes da primeira divisão, decidiu ainda pedir ao governo grego a ampliação das funções do pessoal de segurança dos clubes à entrada dos estádios.

“Conseguimos uma decisão unânime. Estamos dispostos a dar um contributo total para que o campeonato termine sem problemas”, disse o presidente do Olympiacos, Evángelos Marinakis, depois da reunião da Superliga.

O campeonato grego foi suspenso ‘sine die’ pelo novo governo devido aos sucessivos episódios de violência nos estádios, depois de um episódio que envolveu o técnico português do Olympiacos, Vítor Pereira.

A 21 de fevereiro, antes do encontro da da 25.ª jornada da Liga grega entre os rivais Olympiacos e Panathinaikos, Vítor Pereira aproximou-se de uma das balizas, situação que acabou por desencadear a ira dos adeptos da equipa da casa, que de imediato lançaram fumos e tochas para a zona onde estava o técnico.

A situação ainda ficou mais tensa quando a claque forçou a entrada no relvado, ainda antes do início do jogo, levando a que a comitiva do Olympiacos e os jogadores que faziam o aquecimento tenham corrido para o túnel de acesso aos balneários.