A presente edição da Taça da Grécia foi hoje cancelada por decisão do governo grego, depois dos incidentes com adeptos registados quarta-feira na meia-final que opôs o PAOK e o Olympiacos, cuja equipa é treinada pelo português Marco Silva.

Em comunicado, o ministro grego dos Desportos, Stavros Kontonis, anunciou o "cancelamento definitivo" da competição, na sequência da "perturbação da paz social e da ordem legal". Kontonis manifestou preocupação com as nomeações de árbitros para jogos importantes e pediu respostas à Federação Grega de Futebol.

Na quarta-feira, quando o Olympicos vencia por 2-1 no terreno do PAOK, em jogo da primeira mão das meias-finais, o relvado foi invadido por adeptos da equipa da casa e das bancadas foram lançadas dezenas de tochas e bombas de fumo, levando o árbitro Andreas Pappas a interromper a partida, ao minuto 89. O treinador português Marco Silva foi, inclusivamente, atingido nas costas por uma garrafa.

Depois de interrompido o encontro no Estádio Toumba, em Salónica, o presidente do PAOK criticou a arbitragem e ameaçou não disputar a segunda mão da meia-final, se o primeiro jogo não fosse repetido com um árbitro estrangeiro.

Para hoje, estava prevista a realização da primeira mão da outra meia-final, em Atenas, entre o AEK e o Atromitos, mas o governo comunicou o cancelamento do encontro por motivos de segurança, duas horas antes do seu início. Pouco depois, o ministro dos Desportos anunciou o cancelamento da prova.

Na época passada, o campeonato grego teve partidas adiadas, em sequência dos confrontos entre claques rivais.