O ministro grego dos Desportos, Jristos Kondonís, anunciou hoje, numa carta dirigida à FIFA, a suspensão do começo da liga, após as mudanças que a Federação de Futebol da Grécia (EPO) fez na formação da Comissão de Ética.

Kondonís acusou a EPO de ter substituído dois dos três membros desta comissão sem ter cumprido os regulamentos.

Os membros da Comissão de Ética são juízes nomeados pela federação de uma lista elaborada pelo Tribunal de primeira instância de Atenas e a sua substituição está prevista só em caso de demissão, algo que não ocorreu neste processo.

Na carta, o ministro dos Desportos pede à FIFA que “ nomeie uma direção provisória na EPO que deverá convocar eleições na federação grega e restabelecer a legalidade” e anuncia que, até à situação atual mudar, “não poderá começar nenhum campeonato de futebol na Grécia”.

O anúncio da suspensão dos campeonatos gregos chega dez dias antes do início oficial da liga grega, prevista para 20 de agosto.

Desde que assumiu o cargo, em 2015, Kondonís tem travado uma batalha constante contra a EPO, primeiro, pela sua passividade na hora de lutar contra a violência nos estádios, e, depois, por não agir em conformidade contra os funcionários envolvidos na viciação dos jogos.

Na primavera, e graças à mediação da FIFA, houve um compromisso que contemplava a obrigação da EPO rever os seus estatutos e ‘limpar’ o futebol grego. Por outro lado, planeava introduzir uma série de requisitos nos estádios.

A partir de setembro, cada espectador que queira entrar num estádio deverá dispor de um cartão que comprove que não tem cadastro, devendo ser solicitado com a devida antecedência.