O francês Arsène Wenger confessou que o Real Madrid esteve efectivamente interessado em 'desviá-lo' para a capital espanhola, mas revelou que a sua lealdade aos jovens do Arsenal impediu-o de deixar Londres. "O Real é o clube da minha infância. Quando era criança vi esses rapazes de branco a vencer tudo. Com certeza estava atraído pelo clube. Mas tenho um acordo com os jovens jogadores da minha equipa, e quero ter sucesso nesta aposta", disse o técnico, que chegou a Londres em 1996.

Nos gunners', Arsène Wenger salientou que o motivo mais importante para a sua continuidade é a "liberdade" de que dispõe. "Aqui, tenho liberdade. Podia ter ganho bom dinheiro no Real, mas tenho uma boa vida em Londres. Na minha idade, o dinheiro não pode desempenhar um papel-chave", sublinhou.

Aliás, o experiente treinador gaulês revelou que uma mudança para Madrid implicaria uma verdadeira 'revolução' no funcionamento do clube, algo que temia não ser possível na sua plenitude: "Se fosse para o Real, teria tentado fazer uso de toda a minha filosofia, reorganizando tudo. Poderia ter dado fundações à estrutura do clube. O Real deve ir de encontro ao que tem sido feito com os jovens jogadores do Barcelona: criar uma cultura."