O técnico português André Villas-Boas disse hoje, na rede social Twitter do Chelsea, que discorda da decisão da Federação Inglesa de Futebol (FA) em retirar a braçadeira de capitão ao defesa central John Terry.

«Foi a decisão da FA. Não concordo com ela. O John continuará a ser o capitão do Chelsea», referiu Villas-Boas.

John Terry perdeu o “cargo” de capitão da seleção inglesa de futebol na sequência do processo de racismo que enfrenta em tribunal, mas o jogador continuará elegível para a seleção no Euro2012.

A FA explicou que a retirada da braçadeira irá vigorar «até que as acusações em relação a ele (John Terry) estejam resolvidas».

«Decidimos coletivamente e no interesse de todas as partes que o John deixe de ter a responsabilidade de capitanear», disse a FA, explicando que a decisão é sustentada devido à elevada exigência do cargo dentro e fora de campo.

Na decisão, hoje tomada, não foi consultado o selecionador, o italiano Fabio Capello, o qual já tinha referido que Terry continuará com esse estatuto, porque era «inocente até prova em contrário».

O defesa do Chelsea tem negado as acusações de que é alvo, de insultos racistas dirigidos em outubro e durante um jogo ao defesa Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers, e, na quarta-feira, incumbiu o seu advogado de reafirmar a sua inocência em tribunal.

O tribunal de Londres decidiu que o futebolista começará a ser julgado em 09 de julho, após o Campeonato da Europa de futebol de 2012, a disputar na Ucrânia e na Polónia.

A FA também disse, entretanto, que a sua decisão (de tirar a braçadeira ao jogador) «não pode sugerir nenhum tipo de culpa nas acusações que pendem contra John Terry».

Será a segunda vez, na sua carreira, que o defesa central deixa de ser capitão, depois de em 2010 ter acontecido o mesmo, na sequência de uma ligação amorosa que manteve com a companheira do seu colega de seleção Wayne Bridge.

Em março de 2011, o selecionador de Inglaterra, o italiano Fabio Capello, devolveu a John Terry o estatuto de capitão.