A situação de Villas-Boas, técnico que deixou o FC Porto no final da última época, tem sido alvo esta semana de especulação, sobretudo depois do empate caseiro com o Birmingham, para a Taça de Inglaterra, e derrota em Nápoles, para a Liga dos Campeões.

Com o título inglês praticamente perdido – os “blues” são quintos classificados a 17 pontos do líder Manchester City – a “Champions” continuava a ser uma das metas, nunca alcançada, mas a derrota em Nápoles (3-1) pode ser comprometedora.

Villas-Boas foi muito criticado devido às opções feitas, nomeadamente pelo facto de ter deixado no banco Frank Lampard, Ashley Cole e Michael Essien, e a imprensa inglesa já aponta o espanhol Rafa Benitez como possível sucessor.

Hoje, e quando questionado sobre se continuaria a ter o apoio de Abramovich, Villas-Boas referiu que sim, dizendo que falou com as pessoas próximas do magnata.

«Falei com pessoas próximas dele (Abramovich). Ele está desapontado e fez perguntas em relação à forma como montámos a equipa, o que lhe foi devidamente explicado», disse o técnico português.

O treinador reconheceu assim que a “hierarquia” do clube o questionou em relação às opções, mas disse não se arrepender de não ter optado por Lampard ou Cole.

André Villas-Boas apontou ainda os meses de outubro e novembro como o período mais crítico para o Chelsea, quando a equipa perdeu com Queens Park Rangers, Arsenal e Liverpool e começou a ver o City a distanciar-se.

«Em cinco jogos perdemos com o QPR e Arsenal, vencemos com o Blackburn, empatamos com o Genk (para a Liga dos Campeões), e perdemos com o Liverpool. Essas três semanas inverteram as nossas hipóteses de vencer a Liga», disse o técnico.

O técnico considerou que esse período abalou a motivação da equipa e que houve uma demora até que esta reagisse.

«(Com a derrota com o QPR) acreditámos que estaríamos três atrás, porque haveria um Manchester City-Manchester United, mas ficámos a seis, a nove e a 12 num curto espaço de tempo», justificou ainda o técnico.