No congresso da UEFA, em Istambul, Blatter disse ter recebido «um telefonema emotivo» de Phil Gartside, presidente do Bolton, que lhe revelou «que, por vezes, há forças em alguns sítios que não têm nada a ver com a realidade».
O presidente da FIFA reconheceu que o caso lhe fez recordar a morte do camaronês Marc-Vivien Foe no jogo das meias-finais da Taça das Confederações 2003, frente à Colômbia, pelo que a recuperação de Muamba tem de ser encarada como “um milagre”.
«Sou uma pessoa religiosa e acredito que existe algo mais do que apenas jogar o jogo. Existe alguém que cuida de nós», acrescentou.
Também o treinador de Muamba no Bolton, Owen Coyle, revelou-se «surpreso» pela melhoria do jogador inglês, mas reconheceu ser «extremamente importante» não entrar em euforias, até porque «Fabrice ainda se encontra nos cuidados intensivos e em estado grave».
Coyle referiu ainda que será «difícil» para a sua equipa jogar no sábado frente ao Blackburn, para a 30.ª jornada da Liga inglesa de futebol, pois «todos os nossos pensamentos estarão com Fabrice».
Muamba, de 23 anos, sofreu um ataque cardíaco em pleno relvado, no jogo de sábado frente ao Tottenham, para os quartos de final da Taça de Inglaterra, tendo estado inanimado durante 78 horas.
O jogador foi posteriormente transportado para o London Chest Hospital, onde se encontra internado na unidade de cuidados intensivos.