Os clubes da Liga inglesa de futebol vão reunir-se na próxima semana para estabelecer regras para o controlo das despesas para prevenir que alguns possam resvalar para o colapso financeiro.
As administrações estão dispostas, pela primeira vez, a restringir salários e a impor um limite percentual para cada clube poder gastar na aquisição de jogadores.
No topo da agenda está a adoção das regras financeiras impostas pela UEFA, no âmbito do “fair-play” financeiro, cujo cumprimento por parte dos clubes é condição “sine qua non” para participarem nas provas europeias.
Cerca de um terço dos clubes que competem na Premier League já está sujeito a regras semelhantes, com base nas quais os clubes poderão ser excluídos das taças europeias a partir da época 2014/15, depois de uma fase de introdução dessas regras.
A Liga inglesa prefere aplicar multas ou proibir transferências por forma a desencorajar os proprietários de injetar dinheiro nos clubes das suas fortunas pessoais.
O Manchester City alcançou pela primeira vez o título inglês a época passada, em 44 anos, e só depois do “sheik” Mansour bin Zayed bin Zultan Al Nahyan ter investido mais do que um bilião de dólares em quatro anos.
Os vinte clubes da Liga inglesa foram divididos em dois grupos geográficos no sentido de encontrar um consenso sobre as novas regras financeiras.
A Liga espera que clubes possam aprovar um plano para garantir os fundos necessários para honrar os contratos com os jogadores.
Antes de ter baixado de divisão, o Portsmouth tornou-se no primeiro clube de topo a solicitar proteção de bancarrota em 2010, em parte devido à assinatura de contratos elevados e de longo prazo com jogadores sem ter condições financeiras para o fazer.