Os jogadores da seleção inglesa de futebol estão disponíveis para, caso seja necessário, ajudar o ex-jogador Paul Gascoigne, que segunda-feira foi admitido numa clínica nos Estados Unidos devido a problemas de alcoolismo, revelou hoje o capitão Steve Gerrard.

Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo particular de quarta-feira frente ao Brasil, o médio do Liverpool explicou que os futebolistas dos “Three Lions” decidiram contactar a Federação Inglesa de Futebol (FA) para oferecer apoio a “Gazza”.

«É algo que todos queremos fazer. Falámos com a FA e deixámos bem claro que estamos preparados para a ajudar se for necessário», afirmou Gerrard.

Também o técnico Roy Hodson mostrou-se preocupado com a saúde de Gascoigne e espera que o «gesto dos jogadores ajude à sua recuperação».

«Tem todo o nosso apoio e ficaremos muito felizes se ele precisar da nossa ajuda. Fiquei muito satisfeito com este gesto de amor dos jogadores de Inglaterra», disse o selecionador.

Na segunda-feira, Paul Gascoigne foi admitido numa clínica nos Estados Unidos, depois de o seu agente ter reconhecido que o antigo jogador estava a ceder novamente ao alcoolismo.

Na quinta-feira passada, Gascoigne, de 45 anos, foi filmado a produzir a declarações incoerentes num evento de beneficência em Northampton, Inglaterra. O vídeo, difundido pelo jornal Sun, levou o agente de Gascoigne, Terry Baker, a explicar que o seu cliente necessitava de ajuda com urgência.

Em comunicado, a sociedade GamePlan Solutions, que gere os negócios de Gascoigne, indicou que o antigo internacional inglês, que representou o Tottenham e a Lazio, aceitou ser tratado nos Estados Unidos, sem revelar em que local.

«Paul ficou muito tocado e sensibilizado por todas as ofertas de ajuda e apoio recebidas nos últimos dias. Ele está motivado em absoluto para compreender e combater os seus problemas de dependência com ajuda», diz o comunicado.

Gascoigne vestiu por 57 vezes a camisola da seleção inglesa e é considerado um dos mais talentosos futebolistas de Inglaterra, tendo sido uma das grandes figuras do Mundial de 1990, em Itália.

Após a sua retirada, em 2004, foi notícia por sucessivas depressões e vários escândalos, tendo revelado em 2008, na sua autobiografia, que pensou suicidar-se.