O Génova foi esta segunda-feira castigado com a realização de dois jogos à porta fechada devido ao comportamento violento dos seus adeptos no embate com o Siena no domingo, informou hoje a Liga italiana de futebol.

De acordo com um comunicado da Liga italiana, o juiz desportivo Gianpaolo Tosel tomou a decisão contra o clube enquanto responsável pelo «comportamento violento, agressivo e intimidatório» dos seus adeptos, numa situação «que não tem precedentes na história do futebol italiano».

No domingo, a confusão instalou-me ao minuto oito da segunda parte, quando o Génova perdia por 4-0 e os adeptos lançaram petardos, subiram pelas grades de proteção do campo e se confrontaram com os “stewards”, levando o árbitro a interromper o jogo durante 45 minutos. A partida terminou com vitória do Siena, por 4-1, e deixou o Génova apenas um ponto acima da zona de despromoção, a cinco jornadas do final do campeonato.

«Alguns delinquentes agruparam-se à entrada para os balneários e outros subiram as redes de proteção protestando contra os seus ‘próprios’ futebolistas, considerando-os ‘culpados’ do caminho negativo da equipa», disse Tosel após analisar as imagens televisivas, destacando a agressão a um elemento do “staff”.

O objetivo dos “ultras”, acusados pelas autoridades italianas de danos materiais, lançamento de objetos para o campo, violência e interrupção de um evento desportivo, era de pressionar os jogadores do Génova a tirarem as camisolas, pois, segundo eles, não era dignos de usá-las.

Os constantes distúrbios na liga italiana já provocaram reações de várias personalidades como o presidente do Comité Olímpico Italiano, Giovanni Petrucci, que considera que a situação chegou «a um ponto sem retorno».

Maurizio Beretta, presidente da série A da Liga Italiana, disse não ser «suficiente banir os delinquentes dos estádios», é preciso «para-los para não prejudicarem mais o Génova e o futebol italiano».

«Eles estavam a atirar petardos para o campo. Essas 60/70 pessoas não são adeptos, são delinquentes organizados», disse Enrico Preziosi, presidente do Génova.