O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, acusou hoje a justiça desportiva de “caça às bruxas”, depois de o tribunal de apelo da Fedeação Italiana de Futebol ter confirmado a suspensão de 10 meses ao treinador Antonio Conte.

O treinador dos campeões italianos, que tinha apresentado recurso ao castigo aplicado em primeira intância, viu hoje o tribunal de apelo confirmar a pena, por envolvimento no chamado caso "Calcioscommesse", relacionado com apostas ilegais.

Em comunicado publicado no site oficial do clube, Agnelli denuncia que a decisão de hoje «confirma as piores suspeitas sobre um assunto que envolveu Antonio Conte por fatos supostamente ocorridos quando pertencia a outro clube [Siena]».

O atual técnico da Juventus foi suspenso por não ter informado as autoridades sobre o "arranjo" de dois jogos quando era treinador do Siena, na época 2010/2011, apesar de estar a par da situação.

«Durante muitos meses acompanhei esta situação com incredulidade e perplexidade. A justiça desportiva está cada vez mais parecida com uma caça às bruxas. Hoje foi a gota que transbordou o copo», considerou o presudente da “Juve”.

Agnelli manifestou absoluto apoio a Antonio Conte e confirmou que o clube irá recorrer ao Tribunal Arbitral do Comité Olímpico Italiano «para corrigir esta profunda injustiça».