O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem manifestou hoje o desejo de ver o mérito e os incentivos à modalidade por parte do Estado e das instâncias desportivas do país traduzidos em “maior financiamento para a modalidade”.

“O reconhecimento é feito – Presidente da República, presidente da Assembleia da República, secretário de Estado do Desporto e Juventude, COP e IPDJ – por todas essas pessoas que tutelam a politica desportiva nacional, no entanto, a canoagem e os seus atletas não vivem de palmadinhas nas costas. Gostava que esse reconhecimento se pudesse traduzir em mais financiamento para a federação de canoagem, para que possamos fazer mais e melhor”, vincou Vítor Félix.

Em declarações à Lusa, o dirigente entende que a modalidade continua a ser prejudicada em relação a outras: “Existem outras federações que recebem muito, provavelmente o dobro de nós, e fazem metade. E não só nos resultados desportivos, mas na atividade nacional, número de atletas federados”.

“Com os poucos meios que temos, gerimos da melhor forma os recursos, quer no Centro de alto Rendimento, quer na atividade nacional que vamos desenvolvendo. O dinheiro é sempre pouco. Quem dá ou quem paga entende que dá sempre muito, mas quem recebe acha que é sempre pouco. A canoagem tem noção que se recebesse mais no que toca ao financiamento da administração pública e desportiva podia fazer muito mais”, acrescenta.

Vítor Félix insurge-se após a canoagem ter conquistado um recorde de seis medalhas em Europeus de pista – uma de ouro e cinco de bronze –, no que classifica ter sido “mais uma bonita página da curta história de 35 anos enquanto estrutura organizada”.

“Depois da única medalha olímpica em Londres2012 e 13 medalhas em Europeus e Mundiais em 2013, este ano já vamos em 12 e ainda temos três campeonatos do Mundo por disputar. É realmente uma história de sucesso, consistente, sustentada desde 2005, e uma história bonita do desporto português”, concluiu.