Um tribunal sentenciou hoje um dos mais violentos adeptos italianos a 26 anos de prisão, considerando-o culpado pela morte de um rival, antes da disputa da final da Taça de Itália de futebol.

Daniele De Santis, um ‘ultra’ da AS Roma, foi condenado por ter disparado sobre Ciro Esposito, que faleceu 53 dias depois, durante os confrontos com os adeptos do Nápoles, que se encontravam na capital italiana para assistirem à final da Taça, que oporia os napolitanos à Fiorentina, em 2014.

Os advogados de De Santis argumentaram, sem sucesso, que o autor dos disparos tê-lo-ia feito “em defesa própria”, tendo visto o juiz sentenciar ainda o pagamento de uma indemnização à família de Esposito.

“Perdoei o Daniele no dia a seguir aos confrontos, nunca senti ódio por ele, apenas reclamei justiça”, disse a mãe de Esposito, Antonella Leardi, aos repórteres após a leitura da sentença.

O juiz sentenciou ainda dois adeptos do Nápoles, envolvidos nos incidentes violentos ocorridos no bairro Tor di Quinto, em Roma, a oito meses de prisão, menos do que os três anos solicitados pela acusação.

Durante os incidentes, cinco polícias ficaram feridos, a partida foi atrasada cerca de 45 minutos e acabou com a vitória do Nápoles, por 3-1, após 90 minutos quase em silêncio.