O Comité Executivo da UEFA proibiu os clubes da Crimeia de participarem nas competições organizadas pela federação russa de futebol a partir de 01 de janeiro de 2015, revelou hoje o secretário-geral daquele organismo, Gianni Infantino.

“A Federação russa não pode organizar jogos na Crimeia sem o acordo da UEFA e da Ucrânia. Até nova ordem a Crimeia será considerada uma zona especial”, declarou Infantino, marcando a posição da UEFA, que contraria o posicionamento tradicional do organismo de não se envolver em questões de natureza política.

Gianni Infantino informou ainda que a UEFA irá financiar o desenvolvimento do futebol na Crimeia, através de iniciativas em prol da formação de jovens e na construção de infraestruturas, solução que, segundo as suas palavras, coloca o organismo em conformidade com os seus estatutos e os da FIFA.

Desde 22 de agosto que a UEFA vetara a participação de clubes da Crimeia nas competições organizadas pela Federação russa e os jogos em que aqueles participaram não foram reconhecidos pelo organismo que tutela o futebol europeu.

As duas equipas da Crimeia que integravam a primeira divisão ucraniana, o Tavria Simferopol e o FC Sébastopol, foram dissolvidos logo após a anexação e, entretanto, foram criados três clubes que passaram a integrar a terceira divisão russa, o TSK Simferopol, Sevastopol e SKCF Zhemchuzhina Yalta.

Em 11 de março de 2014, o parlamento da República Autónoma da Crimeia adotou uma declaração de independência, visando separar-se da Ucrânia antes de realizar um referendo, e cinco dias depois uma maioria significativa de eleitores votou a favor da independência da Crimeia da Ucrânia e a favor de sua integração na Rússia.

Após o referendo, os eleitores da Crimeia votaram formalmente pela separação da Ucrânia e pela integração na Federação Russa, mas a legitimidade e legalidade da votação foi rejeitada pelo governo da Ucrânia e pela maioria da comunidade internacional, com poucas exceções.

Em 18 de março de 2014, o presidente da Rússia, o primeiro-ministro da Crimeia e o prefeito de Sebastopol (cidade situada na península da Crimeia, que mantinha um estatuto diferenciado, como cidade independente, mesmo quanto estava vinculada à Ucrânia) assinaram em conjunto um acordo para que a Crimeia e Sebastopol passassem a fazer parte, oficialmente, da Federação Russa.

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