O Conselho de Disciplina (CD) da Liga Moçambicana de Futebol (LMF) puniu o Desportivo Maputo com derrota e multa de 20.000,00Mt (vinte mil meticais), por os seus jogadores não aceitarem a marcação da grande penalidade no jogo e tendo havido paragem do jogo no período de quinze minutos, no jogo da 16ª jornada diante do Vilanculos FC.

O CD baseou-se no regulamento de disciplina da LMF, concretamente no seu artigo 55 para sancionar o Desportivo Maputo, clube que viu sancionada a atitude dos seus jogadores com uma derrota por 3-0.

Tudo aconteceu no sábado passado. Quando faltavam poucos minutos para o final do jogo entre os “marlins” e “alvi-negros” o árbitro Paulo Buque decidiu assinalar uma grande penalidade que as imagens televisivas mostram que não existiu.

A decisão do árbitro provocou protestos veementes por parte dos jogadores do Desportivo que impediram a conversão do penalty, ato que durou 15 minutos até o árbitro dar por terminada a partida.

No momento gerou-se muita polémica, com vários intervenientes a envolverem-se em rixas. Foi na sequência desses acontecimentos que o CD da LMF decidiu ainda suspender preventivamente a Samuel Chichava treinador-adjunto de guarda-redes do Desportivo Maputo, por pretensa agressão ao árbitro Paulo Buque. À Samuel Chichava foi instaurado ainda um processo disciplinar que será instruído pelo vogal do CD, Virgílio Maungue, para apurar os factos.

Entretanto, o Desportivo Maputo fez circular um comunicado de imprensa no qual pede desculpas aos amantes do desporto pelo sucedido, tendo considerado a arbitragem de Paulo Buque como «absolutamente vergonhosa», tendo em conta que o «árbitro, assinalou, unilateralmente, essa grande penalidade, contrariando a opinião dos seus colaboradores, conforme se prova pelas crónicas publicadas na imprensa».

Os “alvi-negros” terminam o seu comunicado afirmando que «todo o espetáculo que se seguiu, não abona o nome de todas as instituições envolvidas, pelo que, desejando que isso não se repita, solicitamos da Liga Moçambicana de Futebol e da Comissão Nacional dos Árbitros de Futebol, autoridades competentes na gestão do Moçambola e dos árbitros, respetivamente, uma atitude mais dura, para que, de agora em diante, de uma vez por todas, a verdade desportiva prevaleça, se evite o exacerbar de ânimos por parte de técnicos, atletas, espetadores e demais».