A Associação das Ligas Europeias de Futebol (EPFL) manifestou hoje desagrado com a recomendação da FIFA para o Mundial de 2022, no Qatar, se disputar em novembro/dezembro e insiste na data de maio como alternativa.

“A Associação das Ligas Europeias de futebol (EPFL) e os clubes expressaram o seu desagrado no que diz respeito à proposta, que perturbará e causará grandes danos ao normal funcionamento das competições internas na Europa”, referiu em comunicado a EPFL, presidida pelo francês Frédéric Thiriez.

Neste comunicado, a EPFL revela que as datas propostas pelo grupo de trabalho que se reuniu em Doha apontam para que o Mundial de 2022 no Qatar se dispute entre o período entre 19 de novembro e 23 de dezembro.

No entanto, a EPFL garante que, na reunião de hoje em Doha, o presidente do grupo de trabalho da FIFA, o xeique Salman bin Ebrahim Al-Khalifa, disse que a proposta de maio “voltará a ser discutida pelo Comité Executivo”.

A FIFA tomará uma decisão final sobre as datas do Mundial de 2022 na próxima reunião do Comité Executivo, prevista já para 19 e 20 de março, em Zurique.

“As Ligas e os clubes reiteraram, uma vez mais, uma solução conjunta para que o Mundial se realizasse em maio. Esta proposta foi estruturada e assente num estudo que teve em conta condições meteorológicas aceitáveis para jogadores e adeptos”, acrescenta.

Após a reunião em Doha, Salman bin Ebrahim Al-Khalifa, também presidente da Confederação Asiática de Futebol, revelou que as recomendações apontavam para novembro/dezembro, embora se tenha discutido também a alternativa janeiro/fevereiro.

Só depois da próxima reunião do Comité Executivo, e das decisões aí tomadas, a FIFA assumirá a ‘pasta’ dos acertos de calendário para o período de 2018-2024.

No seguimento da recomendação, a UEFA manifestou o seu apoio, não vendo inconveniente em reprogramar as suas competições de 2022/23, lembrando, sem especificar, que a competição deverá ser reduzida, ao contrário do desagrado imediato demonstrado pelos ingleses

“Muito desapontado, é a palavra, é o que penso, em nome de todas as ligas da europa, especialmente dos clubes europeus que dão a maioria dos jogadores ao Mundial”, referiu Richard Scudamore, responsável da Liga Inglesa.