O ano de 2013 vai decidir se a seleção portuguesa de futebol cumprirá no Mundial de 2014, no Brasil, uma oitava presença consecutiva numa grande competição ou se, 16 anos depois, voltará a falhar.

O início da campanha não foi positivo para a equipa das “quinas”, que, após quatro jogos, ocupa o terceiro lugar, com os mesmos pontos de Israel e já a cinco da Rússia, não dependendo de si própria para alcançar o primeiro lugar.

Após a derrota em Moscovo (1-0) e o surpreendente empate caseiro com a Irlanda do Norte (1-1), o selecionador português, Paulo Bento, já assumiu que o principal objetivo é, para já, o segundo posto e o “play-off”.

O primeiro jogo do ano poderá mesmo ser decisivo, com Portugal a visitar Israel, a 22 de março, terminando a campanha a 15 de outubro, em casa, frente ao Luxemburgo.

A nível nacional, o FC Porto procura o “tri” e o sétimo título em oito anos, numa época em que o Benfica parece ser o único rival. A luta poderá ser afetada pelas campanhas europeias das duas equipas, as únicas sobreviventes lusas.

Os “dragões” regressam, depois de uma eliminação precoce em 2011/12, aos oitavos de final da Liga dos Campeões, enquanto os “encarnados” foram relegados para a Liga Europa, competição que o treinador Jorge Jesus já assumiu querer ganhar.

Depois de um início de temporada desastroso, o Sporting parte para 2013 ainda com a ilusão do terceiro lugar, de acesso à Liga dos Campeões, mas numa altura em que a descida já paira como uma ameaça. A Taça da Liga é o único troféu ao alcance.

O novo ano poderá marcar a saída de José Mourinho do comando do Real Madrid, com a 10.ª conquista da Liga dos Campeões dos “merengues” a ser o seu grande objetivo, uma vez que a Liga parece destinada ao FC Barcelona. Cristiano Ronaldo poderá seguir-lhe o caminho, se houve propostas milionárias.

Por vezes contestado pelos adeptos e com uma relação difícil com a imprensa espanhola, “Mou” vai tentar repetir o que fez no FC Porto e no Inter de Milão – sair depois de conquistar a “Champions” -, tornando-se no primeiro técnico a vencer a prova em três clubes diferentes.

Nas pistas, dois jovens portugueses poderão “dar cartas” em 2013, com Miguel Oliveira a assumir a vontade de ser campeão de Moto3, enquanto António Félix da Costa deixou boas indicações no final de 2012, com várias vitórias, em especial no Grande Prémio de Macau.

O Mundial de ralis de 2013 arrancará órfão, depois do anúncio do abandono de Sébastien Loeb, após nove títulos consecutivos, com o francês a fazer apenas quatro corridas na nova temporada.

Na Fórmula 1, a questão é se haverá alguém a impedir o alemão Sebastian Vettel de somar mais alguns recordes e vencer o título pelo quarto ano consecutivo.

Em ano de Mundiais de atletismo, esperam-se mais títulos para o jamaicano Usain Bolt, ladeado pelo seu compatriota Yohan Blake, numa competição em que os portugueses parecem estar, mais uma vez, longe das medalhas.

Por seu lado, a Volta a França vai correr-se pela 100.ª vez, muito abalada pelo caso do norte-americano Lance Armstrong, a quem foram retirados os sete triunfos no “Tour”, devido ao envolvimento na «mais sofisticada» rede de doping.