Brasil e Suécia têm um oceano a separá-los, mas os Mundiais de futebol teimam em juntar estes dois países tão distintos. Ao longo das 19 edições da prova, as duas seleções já mediram forças em sete ocasiões e a medição foi quase sempre favorável aos brasileiros, com cinco vitórias e apenas dois empates.

É o jogo mais repetido de sempre do Campeonato do Mundo, apenas equiparado pelos embates entre a Alemanha e Jugoslávia, que, porém, já se designava Sérvia no seu último desafio.

Esta tradição, que poderá repetir-se já em 2014, caso a Suécia encontre o caminho para a fase final, começou a desenhar-se no distante ano de 1938. Em França, o primeiro desafio deu o mote para o que se seguiria: um triunfo por 4-2. 12 anos volvidos, novo embate e uma vitória ainda mais ‘gorda’ para a ‘canarinha’, com um pesado 7-1 no Mundial de 1950, no Brasil.

Todavia, seria preciso esperar outros oito anos para o embate mais importante dos sete já realizados. Desta feita, os suecos eram os anfitriões do Mundial e em jogo estava “simplesmente” o título mundial. Só que para infortúnio da seleção nórdica Pelé apareceu e roubou para si (e para sempre) todos os holofotes, com a concludente vitória por 5-2.

Passaram-se mais 20 anos até novo reencontro, agora no Argentina’78. Numa prova onde os anfitriões sorriram pela primeira vez como campeões, o jogo mais jogado dos Mundiais terminou sem sorrisos. Registou-se o primeiro empate entre brasileiros e suecos, com um golo para cada lado e ninguém para festejar.

O quinto embate, no Campeonato do Mundo realizado em Itália, no ano de 1990, marcou o regresso às vitórias do ‘escrete’, com um triunfo por 2-1, graças a um ‘bis’ de Careca, tendo esta edição sido particularmente infeliz para as duas nações.

Por fim, o Mundial de 1994 tornou-se inédito nesta história particular entre nórdicos e sul-americanos. Depois de cinco jogos espalhados ao longo das anteriores edições, a competição disputada nos Estados Unidos proporcionou um duplo embate entre as duas seleções. O primeiro jogo decorreu na fase de grupos e saldou-se com um empate a um golo, enquanto o segundo redundou em mais uma vitória (1-0) brasileira, no jogo das meias-finais que levaria o Brasil rumo ao seu ‘tetra’.

A história dos dois países escreve-se a cada Mundial e esta história está ainda longe de estar terminada.

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