Milhares de jogadores passaram pelos Campeonatos do Mundo ao longo dos últimos 80 anos, mas poucos foram tão marcantes como estes 11. Uma equipa de sonho, entre tantas opções que ainda ficaram de fora, em mais um capítulo da rubrica "Um Oceano de Histórias".

Guarda-redes: 

Gordon Banks – O guardião inglês foi uma das figuras da seleção de Inglaterra no Mundial de 1966, ajudando a sua nação a ganhar o seu único título mundial. Quatro anos mais tarde ainda fez aquela que é considerada uma das melhores defesas de sempre, negando o golo a um cabeceamento de Pelé com uma estirada quase impossível.

Defesas: 

Cafu – O lateral brasileiro personifica a melhor tradição canarinha nesta posição, onde também podia estar Carlos Alberto Torres. Porém, Cafu teve o mérito da longevidade, vencendo dois Mundiais (1994 e 2002), perdendo ainda a final de 1998. Um ideal de rapidez, técnica e capacidade de desequilibrar no ataque.

Franz Beckenbauer – O ‘Kaiser’ marcou não só a história do futebol alemão, como a do futebol europeu. A sua capacidade de liderança guiou a Alemanha à vitória no Mundial de 1974 e conseguiria ainda o mesmo feito na pele de selecionador, em 1990. A sua classe, inteligência e atitude faziam a diferença em campo.

Franco Baresi – O central transalpino sagrou-se campeão do Mundo em 1982 e durante mais três Mundiais espalhou a sua classe. Venerado como um dos melhores centrais de sempre, Franco Baresi é a imagem perfeita do estereótipo que ninguém defende melhor no futebol do que os jogadores italianos.

Paolo Maldini – Companheiro de Baresi em centenas de jogos, o lateral italiano nunca conseguiu ser campeão do Mundo. Porém, deixou a sua marca de elegância, astúcia e desportivismo ao longo de 23 jogos, que lhe conferem o título de segundo jogador com mais partidas nos Campeonatos do Mundo.

Meio-campo:

Lothar Matthaus – Ao longo de 150 internacionalizações, Lothar Matthaus marcou uma era na Alemanha. Foram cinco Mundiais, um recorde de 25 jogos, um título mundial e muitas grandes jogadas de um médio que sabia atacar tão bem como defendia. Mesmo quando recuou até passar a jogar como líbero.

Diego Maradona – ‘El Pibe’ não poderia faltar numa equipa com base nos jogadores que passaram pelos Mundiais. Aliás, basta recordar a edição de 1986, no México, onde carregou a sua seleção às costas até à vitória. Nem que para isso fosse preciso marcar com a mão ou fintar metade dos adversários. Um talento único, imprevisível e inesquecível.

Zidane – Poucos jogadores terão tratado a bola com tanto carinho e respeito. ‘Zizou’ foi o rosto da França multicultural que arrebatou o Mundial de 1998 e quase repetiu a façanha em 2006. Um dos melhores jogadores de sempre da competição, na qual deixou um rasto de magia, criatividade e elegância.

Ataque:

Pelé – O ‘Rei Pelé’ estaria sempre nestas escolhas, nem que fosse apenas pelo critério estatístico de ser o único jogador tricampeão do Mundo. Contudo, os seus 12 golos e as incontáveis jogadas memoráveis do jogador brasileiro tornam obrigatória a sua presença. Afinal, foi nos Mundiais que Pelé se tornou eterno.

Ronaldo – Até onde poderia ter chegado o ‘Fenómeno’ se não fossem as lesões graves que marcaram a sua carreira? O antigo internacional brasileiro ostenta o recorde de 15 golos na competição, tendo estado nos triunfos canarinhos de 1994 e 2002. Mas foi a magia dos seus pés e a inteligência das suas ações a destinar-lhe um lugar nesta equipa.

Gerd Muller – O ‘Bombardeiro’ alemão era uma máquina de fazer golos e precisou de apenas duas aparições em Mundiais para anotar 14 golos. Oportuno, astuto e letal em frente da baliza, Muller ajudou com os seus muitos golos a cimentar a máxima de que no futebol são 11 contra 11 e no fim… ganha a Alemanha.