O presidente da FIFA, Joseph Blatter, voltou hoje a questionar as condições laborais nas obras das infraestruturas para o Mundial de Futebol de 2022 no Qatar, alertando que o organismo não pode ignorar os direitos laborais.

«A FIFA não pode intrometer-se no direito de trabalho de um país, mas não pode ignorá-lo», advertiu o presidente da FIFA num comentário no Twitter, depois de o comité executivo do organismo ter começado a debater as acusações de esclavagismo que atingem o Qatar, organizador do Mundial de futebol de 2022.

As acusações surgiram na sequência de uma investigação realizada pelo diário britânico The Guardian, que aponta para a morte de dezenas de trabalhadores nepaleses nas últimas semanas nas obras do Qatar. O jornal noticia mesmo que 22 trabalhadores imigrantes do Nepal morreram entre 04 de junho e 08 de agosto, citando documentos da embaixada daquele país em Doha.

Na sequência da polémica atribuição da organização do Mundial àquele emirado rico em petróleo, Joseph Blatter deixou claro, após a reunião do comité executivo, que «o campeonato de mundo vai jogar-se mesmo no Qatar».

O presidente da FIFA anunciou que fará brevemente uma «visita de cortesia» ao emirado, no decorrer da qual se encontrará com o novo emir, o xeque Tamim Ben Hamad Al-Thani, para lhe dar conhecimento das decisões do comité executivo de quinta-feira e hoje.

«Farei uma visita de cortesia para lhe confirmar que o campeonato do mundo se jogará mesmo no Qatar. Aproveitarei para lhe dar duas palavras sobre as condições de trabalho naquele país», declarou.

Quanto às revelações do Guardian, Blatter concluiu: «Isso toca-nos, apesar de não ser da responsabilidade da FIFA. A responsabilidade incumbe às leis do trabalho, mas também às empresas que lá trabalham. E há muitas empresas europeias».

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