A França é o adversário a evitar para a seleção portuguesa de futebol no sorteio dos “play-offs” de qualificação para o Mundial2014, que poderá também colocar no caminho de Portugal as equipas de Suécia, Islândia e Roménia.

O estatuto de cabeça de série poderá, por isso, não ser muito favorável, até porque no mesmo pote de Portugal e, por isso, impossibilitadas de se cruzarem com a seleção nacional estão algumas seleções teoricamente mais acessíveis, como a Grécia, treinada por Fernando Santos, a Croácia e a Ucrânia.

O avançado Cristiano Ronaldo já manifestou a vontade de evitar a França no “sprint” final para o Mundial e Didier Deschamps não tardou muito em concordar, mas o sortilégio do sorteio da próxima segunda-feira pode perfeitamente contrariar os desejos do “capitão” e principal figura da equipa lusa e do selecionador gaulês.

As reservas de Ronaldo parecem muito mais justificadas do que as de Deschamps tendo em consideração a análise dos confrontos diretos: em 25 jogos com a seleção francesa, Portugal perdeu 16 – entre os quais os únicos três a “doer” -, empatou um venceu apenas cinco.

Algumas das derrotas mais amargas do futebol português foram impostas pela França, como sucedeu nas meias-finais do Europeu de 1984, que a “equipa das quinas” perdeu por 3-2, do Europeu 2000, da qual saiu derrotada por 2-1, em ambos os casos após prolongamento, e do Mundial de 2006 (derrota por 1-0).

A Suécia, que tem nas suas fileiras um dos melhores jogadores do Mundo, o avançado Zlatan Ibrahimovic, tem-se revelado igualmente um adversário complicado, frente ao qual Portugal apenas venceu três dos 15 encontros disputados, averbando seis empates e outras tantas derrotas.

O saldo com a Roménia, apesar de equilibrado, é bastante mais lisonjeiro, com cinco vitórias lusas, entre as quais duas nas fases finais dos Europeus de 1984 e 2000, dois empates e quatro desaires, enquanto a Islândia saiu derrotada nas duas únicas vezes que defrontou Portugal, no recente apuramento para o Campeonato da Europa de 2012.

Para a equipa orientada por Paulo Bento, os “play-offs” não serão uma novidade, pois o “bilhete” para últimas grandes provas internacionais, o Mundial de 2010 e o Europeu de 2012, surgiram precisamente por essa via e com a mesma “vítima”, a Bósnia-Herzegovina, desta vez qualificada diretamente.

A Dinamarca, pior dos nove segundos classificados na zona europeia de qualificação, fica de fora do sorteio da próxima segunda-feira, em Zurique (Suíça), que determinará os confrontos das eliminatórias de acesso à Mundial do Brasil, marcados para 15 e 19 de novembro.