A qualificação da Croácia para o Mundial de futebol do Brasil ficou manchada por manifestações pró-nazis de adeptos e do jogador Josip Simunic, hoje divulgadas em vídeo pela comunicação social croata.

Após a vitória sobre a Islândia por 2-0, Simunic apossou-se do microfone do estádio Maksimir de Zagreb e gritou por quatro vezes "Pela pátria" (Za Dom), a que os adeptos respondiam "Sempre" (Spremmi).

Estes “slogans” remontam ao tempo em que a Croácia era aliada da Alemanha nazi, na Segunda Guerra Mundial. O regime ustache, de forte influência fascista, dominou a Croácia de 1941 a 1945 e foi responsável pela execução de centenas de milhares de sérvios, judeus, croatas e ciganos, nos campos de concentração no país.

Simunic, de 35 anos e nascido na Austrália, afirmou que o seu gesto foi unicamente motivado «pelo amor ao povo e à sua pátria».

«É a única razão que me levou a um momento de grande emoção e é por isso que comecei a gritar com os adeptos», explicou o capitão do Dínamo de Zagreb, em comunicado, negando «qualquer conotação política» e reforçando que «esses cânticos não eram inspirados pelo ódio».

A federação de futebol croata (HNS) por várias ocasiões já condenou o comportamento pró-nazi de alguns adeptos, que já levou a FIFA a castigar HNS várias vezes.