Portugal e Cristiano Ronaldo tiveram de passar pelos “play-offs”, mas estão na fase final do Mundial de 2014, no Brasil, com todas as outras grandes potências do futebol, incluindo os oito campeões.

Sessenta e quatro anos depois do “Maracanazo”, vão estar em solo “canarinho”, entre 12 de junho e 13 de julho, as melhores seleções, incluindo os anteriores vencedores – Brasil, Itália, Alemanha, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e Espanha.

No que respeita às individualidades, os adeptos do futebol só sentirão a falta do galês Gareth Bale, contratado no último defeso pelo Real Madrid ao Tottenham por quase 100 milhões de euros, e do sueco Zlatan Ibrahimovic, afastado por Ronaldo.

Olhando o ranking dos Mundiais, é preciso chegar ao 10.º lugar para encontrar o primeiro ausente, a Suécia, e, quanto à última tabela FIFA, publicada a 17 de outubro, a seleção melhor colocada a falhar o apuramento foi a Ucrânia (20.ª).

A qualificação não vitimou nenhuma das grandes seleções, nem provocou qualquer grande surpresa, sem bem que várias seleções tenham passado por “aflições”, nomeadamente a França, campeã mundial em 1998, e o México, quinto do “ranking” de presenças.

Depois de serem segundos do grupo da Espanha, como se esperava, os gauleses perderam por 2-0 em Kiev, com a Ucrânia, na primeira mão do “play-off”, salvando-se, “in-extremis” na segunda, em Saint-Denis, com um triunfo por 3-0.

Por seu lado, o México chegou a estar, praticamente, eliminado, na 10.ª e derradeira jornada da quarta fase da zona CONCACAF, sendo salvo já nos descontos pelos Estados Unidos, que “tramaram” o Panamá. Depois, “passeou” no “play-off” com a Nova Zelândia.

A exemplo dos gauleses, Portugal, batido pela Rússia na fase de grupos, também teve de participar nos “play-offs” europeus, tal como a Grécia, campeã europeia em 2004, e a Croácia, terceira no Mundial de 1998.

Na Europa, destaque, mesmo sem serem surpresas, para os “falhanço” de República Checa, vice-campeã europeia em 1996 e sucessora da Checoslováquia (finalista vencida dos Mundiais de 1934 e 62), Dinamarca, campeã da Europa em 1992, e Bulgária, quarta em 1994, todos no Grupo B, ganho pela Itália.

A histórica Hungria, vice-campeã mundial em 1938 e 1954, também não conseguiu evitar a sétima eliminação consecutiva, após o 18.º posto de 1986, ao ser terceira do Grupo D, imediatamente à frente da Turquia, ausente desde o “bronze” de 2002.

Destaque ainda para o primeiro apuramento para a fase final de uma grande competição da Bósnia-Herzegovina, que, depois de ter caído nos “play-offs” de 2010 face a Portugal (cenário repetido na corrida ao Europeu de 2012), será a única seleção estreante no Brasil e a 77.ª participante na prova.

No que respeita a África, Angola não conseguiu repetir 2006, enquanto Cabo Verde, que procurava a estreia, acabou ingloriamente eliminado na “secretaria”.

Os Camarões, de Samuel Eto’o, e a Costa do Marfim, de Didier Drogba, não falharam, tal como o Gana, sétimo em 2010, Camarões e Argélia. Este quinteto já tinha estado na África do Sul, único seleção que não logrou “bisar”.

Quanto à América do Sul, destaque, pela negativa, para o Paraguai, que ficou em último, depois de quatro presenças consecutivas no Mundial, sendo que na última chegou aos oitavos de final, fase em que caiu face à futura campeã Espanha.

A lógica também prevaleceu na América do Norte, Central e Caraíbas, apesar do susto mexicano, enquanto a Oceânia vai estar representada pela Austrália, que se qualificou via Ásia.

Em relação a 2010, a Bósnia-Herzegovina estreia-se e Rússia, Bélgica, Croácia, Colômbia, Equador, Costa Rica e Irão regressam, para os lugares de Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Dinamarca, Paraguai, Coreia do Norte e África do Sul, enquanto 25 repetem.