A Alemanha volta a cruzar-se, oito anos depois, no caminho de Portugal numa fase final do Mundial de futebol, com uma nova geração de jogadores à altura dos pergaminhos da “Mannschaft” e estatuto de candidata ao título.

Basta dizer, para aquilatar do poderio da seleção alemã, que tem como base aquela que é, indiscutivelmente, a melhor equipa europeia da atualidade, o Bayern de Munique, clube que cede oito jogadores – Manuel Neuer, Jerome Boateng, Badstuber, Lham, Kroos, Schweinsteiger, Goetze e Thomas Mueller –, seis dos quais são habitualmente titulares.

Além da vantagem de contar com as rotinas e automatismos consolidados pela base de jogadores do Bayern, a seleção germânica tem um leque incomparável de opções em quantidade e qualidade, do qual fazem parte cinco jogadores do Borussia Dortmund, a segunda melhor equipa europeia da época passada.

Depois de um ciclo negativo, que culminou com a dececionante participação no Euro2000, onde fez parte do grupo de Portugal, perante o qual sofreu uma derrota pesada por 3-0, não passando da fase de grupos, a Alemanha viu nascer uma geração de jogadores à altura dos seus pergaminhos e que lhe confere o estatuto de candidato ao título mundial, a par do país anfitrião, o Brasil, e do atual campeão, a Espanha.

Já sob o comando técnico de Joachim Loew, em 2006, a Alemanha ficou em terceiro lugar no Mundial disputado em casa, ao vencer por 3-1 justamente a seleção portuguesa no jogo de apuramento dos terceiro e quarto classificados.

Na fase de apuramento, terminou o grupo C somando nove vitórias e um empate em dez partidas, praticando um futebol ofensivo que encantou os amantes do futebol, terminando como o melhor ataque da zona europeia com 36 golos.

A Alemanha foi três vezes campeã mundial (1954, 1974 e 1990) e foi vice-campeã por quatro vezes (1966, 1982, 1986 e 2002). Nenhuma outra seleção disputou tantos jogos em fases finais de Mundiais (99) nem marcou tantos golos (222) como a seleção germânica.