A obra do estádio Arena da Amazónia, onde morreu esta sexta-feira um operário português, passou numa vistoria dos órgãos de controlo "recentemente", informou a Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP), vinculada ao Governo do Estado do Amazonas.
"O Governo do Estado exige que todas as regras de segurança do trabalho sejam cumpridas pela construtora", disse numa nota a UGP Copa, acrescentando que não foi constatada nenhuma interferência no andamento da obra por questões de segurança.
A Andrade Gutierrez, construtora contratada para realizar a obra do estádio, informou que oferece “todas as condições de segurança para seus trabalhadores e que realiza fiscalizações periódicas”.
Segundo a empresa, as duas mortes ocorridas anteriormente na construção do estádio Arena da Amazónia, após quedas de trabalhadores, estão a ser averiguadas.
Em entrevista à rádio Estadão, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil em Amazonas, Cícero Custodio, afirmou por seu lado que os operários irão iniciar uma greve na próxima segunda-feira, devido à morte de Pita Martins.
Custódio não precisou se o prolongamento da greve depende da avaliação do acidente pelos organismos de segurança, como o Corpo de Bombeiros e a Polícia.
A entrega do estádio está programada para o dia 14 deste mês. Porém, de acordo com Custódio, grande parte dos trabalhos ainda não está concluída.
Citado pela agência Efe, o presidente do sindicado afirmou ser "impossível" que o estádio seja entregue à FIFA até março, mês em que a entidade começará a administrar as sedes do Mundial de Futebol 2014.
A Arena da Amazónia irá receber três jogos na primeira fase do mundial, entre os quais o Portugal-Estados Unidos, em 22 de junho.
A morte do operário português foi a quarta registada no Amazonas relacionada com o Mundial e a terceira vinculada às obras do estádio.
O operário português António José Pita Martins estava no Brasil para auxiliar na desmontagem da estrutura utilizada para construir o estádio, incluindo gruas. Durante o trabalho, uma peça caiu e atingiu a sua cabeça, na manhã de hoje.
O técnico especializado em operações de gruas de grande porte foi levado para o hospital com trauma encefálico e múltiplas lesões no tórax, e não resistiu aos ferimentos.
Pita Martins trabalhava na sede da Martifer em Oliveira de Frades, em Portugal, e tinha chegado ao Brasil há poucos meses com uma equipa de operários portugueses, segundo a empresa.
A Polícia Civil e a equipa de segurança do trabalho da construtora responsável pela obra, Andrade Gutierrez, vão realizar perícias para apurar as causas do acidente, segundo a UGP Copa.

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