O brasileiro Pelé, de nome de batismo Edson Arantes do Nascimento, entrou para a história do futebol como o “rei” e, para isso, muito contribuíram três títulos de campeão do Mundo, um feito único.
Em 19 edições da principal prova do calendário futebolístico, que se iniciou há 84 anos, em 1930, só Pelé logrou conquistar por três vezes o cetro, ao marcar presença nas edições de 1958 (Suécia), 1962 (Chile) e 1970 (México).
O “rei” ganhou o cetro em 1958, com apenas 17 anos, idade que explica em grande parte que, ao contrário de outros 13 colegas de equipa eleitos para 1958 e 62, tenha ainda sido escolhido para integrar a grande equipa de 1970.
Pelé sagrou-se tricampeão e foi determinante no primeiro e terceiro títulos, ao contrário do que aconteceu em 1962, mas apenas por culpa de uma lesão, que só lhe permitiu participar nos dois primeiros encontros, da fase de grupos.
Em 1958, o “miúdo” foi mesmo o melhor marcador do “escrete”, com seis tentos, todos nos jogos a eliminar: marcou um ao País de Gales (1-0, nos quartos de final), logrou um “hat-trick” com a França (5-2, nas meias-finais) e “bisou” frente à anfitriã Suécia (5-2, na final).
Doze anos depois, no México, já um “veterano”, esteve mais discreto, mas, ainda assim, “apareceu” na final, ao inaugurar o marcador frente à Itália (4-1), aos 18 minutos, rumo à conquista da Taça Jules Rimet.
Pelo meio, em 1962, ainda conseguiu marcar um golo no primeiro dos dois jogos que disputou, frente ao México (2-0), sendo que, no total, coroou as suas quatro presenças em fases finais (só não venceu em 1966) com 12 tentos.
Na lista de jogadores com mais de um triunfo no Mundial, e além de Pelé, constam 20 jogadores, 15 dos quais brasileiros e entre eles 13 companheiros de equipa do “rei” nas edições de 1958 e 1962, casos de Garrincha, Zagalo, Gilmar, Didi ou Vavá.
Após a Rimet, os dois internacionais “canarinhos” que “bisaram” foram o lateral direito Cafú, único jogador que marcou presença em três finais (1994, 1998 e 2002), e o avançado Ronaldo, melhor marcador da história dos Mundiais, com 15 golos, ambos vencedores da prova em 1994 e 2002.
Entre os bicampeões mundiais constam ainda quatro italianos (Giuseppe Meazza, Giovanni Ferrari, Eraldo Monzeglio e Guido Masetti), que compareceram em 1934 e repetiram a presença em 1938.
O único jogador sem ser brasileiro ou italiano na lista é o central argentino Daniel Passarella, que “capitaneou” a equipa em 1978 e viu do banco Diego Armando Maradona levar os “albi-celestes” ao cetro em 1986.
Pelé lidera e não será retirado do trono em 2014, já que nenhum dos jogadores que “bisaram” marcará presença no Brasil, pois todos “arrumaram as botas”.