Portugal tem um saldo negativo na globalidade dos confrontos com as restantes 31 seleções presentes no Mundial2014 de futebol, mas a balança equilibra-se quando a análise se restringe aos jogos disputados na fase final da grande competição.
Alemanha, Brasil, Argentina, Inglaterra, Itália, França e a campeã Espanha são eternos favoritos e os principais responsáveis pelo balanço desfavorável: em 243 encontros, a equipa portuguesa venceu 70, empatou 61 e perdeu 112, apresentando um saldo negativo de 97 golos (294-391).
O cenário é menos “negro” quando se consideram apenas as partidas realizadas em Mundiais com os adversários que encontrará ou poderá encontrar no Brasil, pois, em 15 jogos, ganhou e perdeu o mesmo número (seis), tendo empatado três e detendo um registo positivo entre golos marcados e sofridos (15-14).
Além dos sete campeões mundiais, Portugal perde também, ainda que menor escala, no confronto direto com Suíça, Coreia do Sul e Grécia, possuindo um saldo neutro com Estados Unidos – que, tal como a Alemanha, encontrará na primeira fase do Mundial2014 -, Bélgica e Costa do Marfim.
O registo positivo com Rússia (pela qual foi suplantado na fase de qualificação), Equador, Bósnia-Herzegovina, Irão, Croácia, México, Camarões, Holanda, Chile e Uruguai equilibra a “balança” no número de seleções (10 em cada “prato”), mas não evita o saldo global negativo.
O Gana, que será o último adversário no grupo G da fase final, a 26 de junho, é uma das oito seleções presentes no Brasil que nunca mediu forças com a equipa lusa, em conjunto com Argélia, Honduras, Nigéria, Austrália, Colômbia, Japão e Costa Rica.
A Inglaterra foi a seleção que mais vezes se cruzou com a “equipa das quinas” em Mundiais. Em 1966 impôs uma das mais amargas derrotas do futebol português, ao vencer nas meias-finais Eusébio e os seus “Magriços”, por 2-1, na caminhada para a conquista do título.
Portugal desforrou-se 20 anos mais tarde, em 1986, ao ganhar por 1-0 na primeira fase da prova, no México, e voltou a vencer volvidos mais duas décadas, mas apenas no desempate por grandes penalidades, nos quartos de final do Mundial2006.
Tal como os ingleses, frente aos quais a equipa lusa ganhou apenas três dos 22 jogos que disputou, o Brasil também apresenta um registo demolidor com Portugal (13 vitórias, três empates e quatro derrotas), mas não venceu nenhuma das duas partidas oficiais, ambas no campeonato do Mundo (3-1 em 1966 e 0-0 em 2010).
A França é outra das “bestas negras” de Portugal, que ganhou cinco dos 22 jogos realizados (o último dos quais há já 39 anos), tendo perdido os três únicos oficiais, nas meias-finais dos Europeus de 1984 (3-2) e 2000 (2-1) e do Mundial de 2006 (1-0).
O saldo com a Espanha não é mais animador, com oito triunfos de Portugal, em 38 confrontos, e 17 derrotas, a última das quais no Mundial2010, na caminhada espanhola para o título, que também conquistou no Euro2012, apesar de a derrota lusa nas meias-finais ter surgido nas grandes penalidades.
As derrotas no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares do Mundial2006 e nos “quartos” do Euro2008 contribuem para o saldo desfavorável com a Alemanha, frente à qual a seleção nacional venceu apenas três partidas, em 17 tentativas.
Itália e Argentina nunca defrontaram Portugal em fases finais, mas isso não inviabiliza um balanço pouco recomendável: 18 derrotas em 24 jogos com os transalpinos e cinco desaires em sete embates com os sul-americanos.
Apesar de ter um registo menos desfavorável com a Grécia, a seleção treinada por Fernando Santos será sempre recordada como a que impediu Portugal de conquistar o primeiro grande troféu, ao vencer por 1-0 a final do Euro2004, em pleno Estádio da Luz.
No extremo oposto está a Holanda, vice-campeã mundial em exercício e a única candidata ao título no Brasil com a qual Portugal leva vantagem, tendo vencido sete das 12 partidas disputadas, entre as quais a meia-final do Euro2004 (2-1) e os “oitavos” do Mundial2006 (1-0).