O selecionador espanhol de futebol, Vicente del Bosque, admitiu hoje que pondera efetuar algumas alterações no “onze” frente ao Chile depois da goleada sofrida perante a Holanda, no sábado, em jogo do Grupo B do Mundial2014.

“É mais um jogo e pode haver mudanças, mas não é altura de falar nisso. Não quero tomar decisões precipitadas. Seja como for, se as fizer, não será para apontar o dedo a ninguém”, disse Del Bosque, lembrando que tem 23 jogadores prontos para competir e que lhe compete procurar as melhores soluções.

O selecionador espanhol também alertou para o perigo que representa o Chile, adversário com quem a Espanha se confrontará na quarta-feira: “Preocupa-me a pressão suicida do Chile e as suas individualidades. Temos de fazer a nossa parte para combater o jogo dos chilenos e temos algumas ideias de como fazê-lo.

Em alguns aspetos o jogo do Chile coincide com o da Holanda, mas em muitos outros aspetos, não”.

Sobre as críticas que desabaram sobre alguns dos veteranos da equipa, responsáveis por tantas jornadas gloriosas da seleção espanhola, atual campeã europeia e mundial, Del Bosque fez a sua defesa.

“Entendo que seja um tema que suscite debate, mas trouxemos 23 jogadores, 16 dos quais campeões mundiais, que tiveram parte ativa na qualificação para o Mundial, não se lesionaram nestes quatro anos e os seus clubes conquistaram êxitos importantes”, disse em jeito de justificação o selecionador espanhol, para quem as suas escolhas se basearam na convicção de que trazia os melhores.

Del Bosque, que defendeu o guarda-redes Casillas e pediu respeito pelos veteranos que tantas glórias deram ao futebol espanhol, reconheceu que deixou de fora jogadores que mereciam estar no Mundial do Brasil, mas reafirmou o seu convencimento de que trouxe os melhores e que vão ser eles a tirar a Espanha das lonas e a levá-la até aos oitavos de final.

"Eles têm maturidade necessária para lidar com esse desafio e dar a resposta que se impõe já frente ao Chile. Acredito que aqueles que têm 30 anos, que já ganharam tanto, são mais responsáveis do que os recém-chegados à seleção", rematou Del Bosque.