Três golos, três pontos e muitas nódoas negras. A França conquistou uma vitória (3-0) crucial e literalmente dolorosa contra a sua congénere das Honduras. Num jogo rico em faltas, os gauleses aproveitaram o talento de Karim Benzema para bater uma equipa que jogou com um homem a menos durante toda a segunda parte.

Consciente das suas enormes limitações, a seleção das Honduras arrancou em Porto Alegre muito recuada no terreno e a pressionar de forma agressiva. Tão agressiva que parecia fazer mais faltas do que passes bem sucedidos. A França só conseguia chegar à baliza de Valladares através de bolas paradas e os hondurenhos abusavam da estratégia para manter a igualdade.

Sem Franck Ribéry, a responsabilidade de romper a defesa hondurenha recaiu sobre Griezmann e Valbuena, mas foi o médio Matuidi quem criou o primeiro lance de perigo para os “bleus”. Livre batido por Valbuena e Matuidi a atirar para uma grande intervenção do guardião das Honduras, que desvia a “brazuca” para a trave.

Aos 23 minutos, foi a vez de Griezmann atirar à barra da baliza hondurenha. O jogador que se tem vindo a destacar ao serviço da Real Sociedad ficou muito perto de abrir o contador, que se viria a manter a zero até perto do intervalo.

Quando o relógio marcava 42 minutos, o que já era uma missão espinhosa para as Honduras tornou-se quase impossível. Wilson Palacios faz uma falta completamente desnecessária sobre Paul Pogba dentro da grande área e vê o segundo cartão amarelo. Foi a segunda expulsão deste Mundial, depois do benfiquista Maxi Pereira.

Na conversão da grande penalidade, Benzema não perdoou. Bola para um lado, Valladares para o outro e o marcador estava aberto a favor dos gauleses.

O segundo tempo arrancou como terminou o primeiro. Logo aos 47 minutos, a França chega ao segundo golo. Benzema atira de um ângulo apertado, a bola bate no poste e atraiçoa o guarda-redes hondurenho, que a desvia para dentro da baliza. A olho nu, a “brazuca” não parece transpôr a baliza de Valladares, mas a nova tecnologia da linha de golo ditou o 2-0 para os gauleses. Não há (ainda) bis para Benzema, porque a FIFA decidiu que foi Valladares quem marcou na própria baliza.

Karim Benzema continuou a ser a referência no ataque francês e viria mesmo a conseguir o segundo golo na partida aos 72 minutos. A jogada começou num livre que ressaltou na defesa hondurenha e sobrou para o avançado do Real, que finalizou de forma impressionante. 3-0 para os franceses e a partida completamente resolvida.

Já com Giroud e sem Valbuena, a França controlou a partida até ao final para conquistar os seus primeiros três pontos neste Mundial. Os gauleses chegam assim à liderança do grupo E juntamente com a Suíça, que bateu o Equador por 2-1.