João Pereira apareceu na sala de imprensa do centro de treinos de Campinas para falar aos jornalistas. O lateral direito assegura que Portugal irá esgotar todas as possibilidades de apuramento mas o balanço da participação até agora é negativo.

"Depois de um empate e uma derrota, dou nota negativa [À Seleção]. Esperávamos ter, no mínimo, três pontos e temos um, conseguido com muitas dificuldades. A nota tem de ser negativa", disse o internacional luso, que não tem explicação para tantas lesões na seleção de Paulo Bento.

"Cada corpo é um corpo, cada jogador reage de uma maneira diferente. Foram vários tipos de lesões, o Fábio foi a fazer um esforço para chegar a uma bola, o André Almeida foi outro tipo. São coisas que não se pode controlar e que acontecem no futebol. Os fisioterapeutas e os médicos é que percebem disso, eu sou jogador de futebol", sublinhou o jogador, quando questionado sobre a condição física de Portugal nos dois jogos já disputados (derrota e empate).

Aconteça o que acontecer, o certo é que nenhum jogador irá esconder-se. "Na 5.ª feira seremos homenzinhos para assumir o que quer que seja. Todos os jogadores estarão aqui para dar a cara", garante de João Pereira que refuta a ideia de uma seleção cansada.

"Ontem depois do 2-1, quando todos nos davam como acabados e mortos, fomos atrás [do empate]. O gol do Varela deu-nos um mínimo de esperança e se estávamos mal fisicamente e a partir dos 90 ainda tivemos forças para ir atrás do resultado para não vir para casa logo na segunda jornada...Nao sei. Deixamos tudo em campo, em condições que não são fáceis, com muita humidade e calor. Mas isso não serve de desculpa", sublinhou João Pereira, que continua a acreditar no valor da Seleção Portuguesa.

"Há dois anos todos diziam que tínhamos muita qualidade, a qualidade não fugiu. Tentamos lutar, as coisas não correram bem. Podemos não ser a melhor seleção do mundo, poderemos não estar entre os três ou quatro melhores do mundo mas temos qualidade. Agora é fácil arranjar desculpas e dizer que foi do clima, da forma, das lesões. Não queremos arranjar desculpas, queremos arranjar soluções e isso que todos devem fazer neste momento", afirmou.