O governo do Brasil distribuiu 50 mil ingressos para os jogos do Mundial de futebol, doados pela FIFA, a beneficiários de programas sociais, entre eles estudantes da rede pública e populações indígenas.

As escolas públicas contempladas foram escolhidas com base no número de estudantes em situação de vulnerabilidade social e, em seguida, por sorteio, com base no resultado da Lotaria Federal.

Os vencedores receberam dois bilhetes e irão ao estádio acompanhados de um adulto, conforme explicou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil, Tereza Campello, que falou hoje à imprensa no Centro de Imprensa do Rio de Janeiro.

A média da renda das famílias beneficiárias ronda os 900 reais (300 euros) mensais.

Entre as crianças beneficiárias estão meninos e meninas desde nove anos de idade, que nunca teriam acesso a um jogo destes de outra forma. Muitos pertencem a famílias cujos pais apanham lixo e trabalham como empregadas domésticas.

Durante as negociações para a elaboração da "Lei da Copa" no Brasil, houve grande discussão em torno da legislação local que obriga à venda de meia-entrada (desconto de 50%) para estudantes em cinemas, casas de show, teatros e jogos de futebol.

A FIFA não concordou com a regra, mas acabou por aceitar destinar uma quota dos ingressos da categoria 4 com um desconto maior para idosos e estudantes.