Humberto Coelho compareceu esta terça-feira perante os jornalistas para abordar o momento conturbado na Seleção Nacional, quando faltam dois dias para o último jogo da fase de grupos do Mundial, frente ao Gana. O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aproveitou para afastar o cenário de saída de Paulo Bento do comando da equipa das quinas.

"Até agora o Paulo Bento nunca pôs essa situação [de saída]. Temos um compromisso, temos mais um jogo e estamos focados nesse objetivo. Não sei qual é o pensamento de Paulo Bento. Há dois meses assinámos um contrato de dois anos. Todos sabemos que os resultados são importantes e estamos tristes, como estão todos os portugueses, mas ainda não vamos atirar a toalha ao chão", afirmou o dirigente federativo.

"Quando a FPF assinou contrato com Paulo Bento, assinou com toda a perspetiva de ir até ao Euro2016. Fizemo-lo para manter a estabilidade da Seleção. Não deixaremos de reunir com todos os departamentos para ver o que correu mal e o que podemos melhorar no futuro. Não podemos trabalhar condicionados pelo que quer que seja, mas também não somos surdos. Não vemos razão para acabar com o vínculo com Paulo Bento e com a equipa técnica", acrescentou.

Já sobre a escolha de Campinas para local de estágio, Humberto Coelho saiu em defesa da escolha da FPF. "Achámos que tínhamos todas as condições para fazer aqui um ótimo trabalho. A questão logística foi importante e o hotel reúne todas as condições de privacidade e segurança", vincou, antes de admitir que "as equipas europeias têm mais problemas climatéricos" do que as sul-americanas e africanas.

Paralelamente, o 'vice' da Federação reconheceu que as "expectativas foram demasiado elevadas para o momento da Seleção".