A vã vitória da seleção portuguesa de futebol frente ao Gana, por 2-1, na despedida do Campeonato do Mundo de 2014, são os destaques da imprensa estrangeira, que marca ainda a partida de férias de Cristiano Ronaldo.

“Cristiano vai de férias”, lê-se no título do comentário ao jogo na página na Internet do diário espanhol Marca, que destaca o afastamento da equipa das “quinas” dos oitavos de final da competição.

Portugal despediu-se hoje com uma insuficiente vitória do Mundial2014, “caindo” no “grupo da morte”, aos pés de Estados Unidos e Alemanha.

“Portugal não vai estar nos oitavos de final do Mundial do Brasil. A seleção liderada por Cristiano Ronaldo, autor do tento da vitória frente ao Gana, ficou a três golos dos oitavos. O madridista já está de férias”, prossegue o espanhol Marca.

A perspetiva do Real Madrid também surge refletida no madrileno AS, que chama a título “Cristiano também regressa a casa”, aludindo à também eliminação precoce da Espanha, campeã do Mundo em título e bicampeã da Europa.

“Portugal ganhou apenas por 2-1 ao Gana e não aproveitou a derrota dos Estados Unidos. Boye, na própria baliza, adiantou os europeus, Gyan empatou e Cristiano encerrou o marcador”, sintetiza o AS.

O catalão Mundo Deportivo destaca o “triunfo insuficiente” da seleção portuguesa, que “tentou até exaustão e teve muitas oportunidades de golo, em especial CR7, mas o guarda-redes do Gana Dauda esteve insuperável”.

“Portugal também pode fazer as malas”, refere o igualmente catalão Sport, reconhecendo que a equipa das “quinas” foi eliminada do Mundial2014 “depois de ter falhado nos jogos anteriores”.

A revista francesa France Football escreve que “Portugal e Gana ficam atracados”, realçando que “não houve um milagre para Portugal”, apesar do domínio sobre a seleção africana.

“Uma vitória antes de fazer as malas”, lê-se na página inicial na internet do diário francês L’Equipe, enquanto o italiano Gazzetta dello Sport resume-se à ideia de que “Ronaldo acorda tarde”.

No norte-americano New York Times, a vitória lusa surge num segundo plano, em detrimento de “Estados Unidos perdem com Alemanha mas avançam”, com a referência à ausência de Kevin-Prince Boateng e Muntari da seleção ganesa e aos problemas físicos da seleção portuguesa.

“O Gana teve de lidar com a suspensão de dois craques. Portugal, crivado de lesões, contou com a magia de Cristiano Ronaldo”, realça o jornal nova-iorquino, enquanto o Washington Post enaltece a despedida do “capitão” luso: “Ronaldo finalmente acertou nas redes”.

Também o britânico The Guardian destaca o golo do avançado do Real Madrid, na eliminação “pela diferença de golos” de Portugal.

“Cristiano Ronaldo desencanta, mas vê Portugal eliminado da Copa”, titula o brasileiro Folha de São Paulo, prosseguindo com elogios ao “capitão” português: “Cristiano Ronaldo, atual melhor do mundo, mostrou, enfim, bom futebol”.

Ideia semelhante chama a título o Estadão, ilustrando com uma fotografia do “capitão” da seleção portuguesa sentado, cabisbaixo, no relvado do Estádio Nacional de Brasília, com o braço esquerdo a cobrir os olhos.

“Até 2018. Cristiano Ronaldo marca, Portugal vence Gana, mas dá adeus ainda na primeira fase”, é o destaque do Globo, na sua página na Internet, uma expressão praticamente reproduzida no também brasileiro Lance: “Seu golo não adiantou, gajo. Até 2018, Ronaldo... Portugal vence, mas dá adeus ao Mundial”.